terça-feira, junho 05, 2007

A ânsia

Alma grande, mundo vasto,
ignorância sedenta de saber mais,
Vício discreto, droga líquida, pura,
que afoga a mágoa do que não supera
o fracasso de ser mortal.
Ah!, se a alma soubesse,
se o mundo parasse também,
se a sede se calasse...
A lágrima de dor que corre,
o suspiro que rasga o peito,
cessariam face ao entendimento,
claro, objectivo, evidente,
pelo qual se deduz que o mundo não é tudo,
nem é nada, sequer,
comparado com a magnificiência,
a plenitude, a graça e a beleza

do Universo.

Vida, alma, morte, saber,

tudo resulta, a seu tempo certo,

na existência do ser frágil humano,

que busca, mesmo sem saber,

mas sabendo - o seu próprio, e inelutável, fim.

Bluerussian, Junho 2007

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