Alma grande, mundo vasto,
ignorância sedenta de saber mais,
Vício discreto, droga líquida, pura,
que afoga a mágoa do que não supera
o fracasso de ser mortal.
Ah!, se a alma soubesse,
se o mundo parasse também,
se a sede se calasse...
A lágrima de dor que corre,
o suspiro que rasga o peito,
cessariam face ao entendimento,
claro, objectivo, evidente,
pelo qual se deduz que o mundo não é tudo,
nem é nada, sequer,
comparado com a magnificiência,
a plenitude, a graça e a beleza
do Universo.
Vida, alma, morte, saber,
tudo resulta, a seu tempo certo,
na existência do ser frágil humano,
que busca, mesmo sem saber,
mas sabendo - o seu próprio, e inelutável, fim.
Bluerussian, Junho 2007
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