terça-feira, setembro 27, 2011

#7 - Filosofia de Ponta: Mosquitos vs Annoying people.

Já todos tivemos algum incómodo com um insecto. Melga, mosquito, mosca, etc, dessas coisas que tem patas e asas e não nos largam a não ser que lhes depejemos um frasco de Mafu muito bem despejado em cima. Também se pode resolver a questão à pázada. Ou à chinelada, ou vassourada, ou qualquer coisa acabada em ...ada, e que resolva de vez o problema, esmagando o bicho mau até que o seu âmago saia cá para fora às golfadas. Há pessoas que nasceram para ser assim - parasitas da paciência alheia, melgam os outros como se não houvesse amanhã, mormente espalhando o seu mau feitio peçonhento. Este tipo de pessoas não tem vida própria, vive a vida dos outros - ou tenta, pelo menos, entrar na vida das pessoas, conspurcando-a de mau estar. Contamina tudo, e todos, a fim de se instalar e integrar onde nunca se integraria em boa fé. Desta feita, encostam-se, picam, fazem barulho, puxam e empurram, até fazer tropeçar alguém no seu rastilho de pólvora seca, e aí, então, tentam espezinhar e tomar o lugar do pobre diabo que teve o azar de cair. Mais não fazem do que tentar copiar pobremente a vida alheia. Vêem os outros felizes à sua volta, vêm estabilidade e concórdia, ao passo que olham para dentro de si, e só vêem duas coisas - negro e vazio. Desprezam a felicidade dos outros, invejam-na. Querem-na para si, tentam apropriar-se dos momentos bons dos outros. E, nas suas própias vidas sem sentido, percorrem um ror de asneiras ridículas, que mais não são vagas tentativas de imitação. E insistem.... e voltam a bater com a cabeça na parede. E continuam - e, pior - orgulham-se da asneira.... Certas pessoas fazem-me lembrar directamente as moscas no Verão, a bater nos vidros. Sabem que tem uma barreira. Sabem que não a conseguirão jamais atravessar. No entanto, marram insistentemente até perder os sentidos. Ou até a mão alheia lhes assentar uma valente pantufada. ou então que lhes abra o vidro da janela. Pessoalmente, prefiro a solução da pantufada. Pela minha parte, cansei de ser benevolente, o raio das moscas não merecem esse esforço. E certa gente também não. Até porque, tal como no caso das moscas, pessoa que beneficia da nossa clemência, mais tarde ou mais cedo acaba por vir melgar de novo. E é aí que nos arrependemos. Esta gente mais não é do que uma palhaçada, uma trupe de mimos sem graça que ninguém ouve. Incomodam - mas ninguém os ouve. É apenas divertido rir dos seus trambolhões desajeitados, mas, at the end of the day, vamos para nossa casa, e esquecemos que existem. Deixamo-los ao relento, como cães sarnentos, almejando os seus 5 minutos de atenção e uma refeição quente. E é lá que estão bem. Essa gente, não me refiro aos cães, coitados, esses merecem pelo menos uma refeição quente. Piada tem o facto de que esta gentinha anda em enxame - junta-se muito bem, ainda que suas viperinas línguas enterrem os vivos e desenterrem os mortos. Causam alvoroço, agitação, no intuito de terem os seus minutos de fama e atenção. No fundo, não querem morrer sós ao canto de uma sala, sentados numa cadeira de pau. Mas esse é certa e fatalmente o seu destino. Vidas vazias criam Annoying People, tal como a porcaria faz proliferar os insectos chatos. Limpe-se a porcaria, encham-se as vidas - e todo o mundo seria melhor. Por mim, ao inferno com essa gente daninha e morrinhenta. E com os insectos chatos também...