quarta-feira, agosto 30, 2006

Fresh red roses

Coisas que acontecem.
De facto, há coisas na vida que surgem do nada, instalam-se, mudam tudo o que existe e ficam. Provavelmente para sempre. E felizmente para nós.
Num dia, estando nós a gozar a nossa existência, mais serenamente ou não, mais feliz ou menos, somos surpreendidos pelo próprio destino, que nos põe à frente, assim de repente, um mar de hipóteses, novas e absolutamente irresistíveis; o que temos diante dos olhos é a possibilidade de mudar tudo aquilo em que acreditávamos até aí, e seguir um novo trajecto. Estranho, assustador, desconhecido, mas absolutamente irresistitível. Sem olhar para trás, sem reservas e sem medo, entramos nessa àgua morna do destino, e submergimo-nos sem sequer notar que a àgua que nos inunda os pulmões é o nosso novo oxigénio.
Sem medo.
Sem dúvida.
Entregamo-nos às mãos do destino como uma criança se entrega às mãos dos pais. Porque sabemos com toda a certeza que é exactamente isso que estava reservado para nós. Sabemos que é aí que reside a nossa felicidade.
Por muito que tenhamos questionado a nossa própria sorte, deparamo-nos com a mais límpida e absoluta certeza de que o que queremos é exactamente aquilo que temos diante dos olhos.
E porque não agarrar o destino? Seria um profundo erro deixá-lo fugir, inutilizando-o.
Só teríamos a perder com isso.
Tempo?
Relativo. Não se colocam prazos à felicidade.
Mais ou menos tempo, a alma e o ser ditam os momentos certos.
Não os relógios, nem os calendários.
Agora sei isso, M.

Sem comentários: