Mentes perversas, consciente obscuro
escondem em si a mentira de fingir a dor;
enganam o incauto com a docilidade de anjos,
caindo na graça da solidariedade cega
daqueles que não observam o que não se vê.
Lágrimas de água morta,
de chuva ácida,
que poluem a alma dos que querem ter fé;
Palavras de falsa esperança,
que impregnam o ser, dominam-no,
e o fazem mover consoante a maré dos seus intentos.
Vis intentos...
A expressão seca, de cera feita,
da mãe que perde um filho por querer,
querendo esconder de todos a dor da culpa,
disfarçando-a de dor da perda.
Dois mundos,
o mundo vilão, ardiloso e sujo,
de quem quer esconder e enganar,
e o mundo crédulo, solidário e generoso,
de quem crê na bondade das intenções.
Pobre criança.
Quisera o destino que tivesse uma vida diferente,
uma família diferente,
e ainda hoje sorriria frente a uma montra de brinquedos.
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