terça-feira, setembro 25, 2007

A dor da Culpa

Mentes perversas, consciente obscuro

escondem em si a mentira de fingir a dor;

enganam o incauto com a docilidade de anjos,

caindo na graça da solidariedade cega

daqueles que não observam o que não se vê.

Lágrimas de água morta,

de chuva ácida,

que poluem a alma dos que querem ter fé;

Palavras de falsa esperança,

que impregnam o ser, dominam-no,

e o fazem mover consoante a maré dos seus intentos.

Vis intentos...

A expressão seca, de cera feita,

da mãe que perde um filho por querer,

querendo esconder de todos a dor da culpa,

disfarçando-a de dor da perda.

Dois mundos,

o mundo vilão, ardiloso e sujo,

de quem quer esconder e enganar,

e o mundo crédulo, solidário e generoso,

de quem crê na bondade das intenções.

Pobre criança.

Quisera o destino que tivesse uma vida diferente,

uma família diferente,

e ainda hoje sorriria frente a uma montra de brinquedos.

(c) Bluerussian