tag:blogger.com,1999:blog-307122082024-03-13T18:11:11.647+00:00Quod ScripsiE penso, logo escrevo.Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-20168142395164338332013-05-12T18:58:00.002+01:002013-05-12T19:20:23.380+01:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6nXrlXBjNTpnjw3q-iSKYN1U2wtAVCpvZ8phuYBxBEmpEvAqvdo3RB8Svqa2B030cL3ZcUAYvJygNz3hib5WAtl3m0MnbJ-7EDczFJ0kmte9rg6rMtdBONfM-4GZm0EmEKLgHhA/s1600/156159_437587456254074_1300953727_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6nXrlXBjNTpnjw3q-iSKYN1U2wtAVCpvZ8phuYBxBEmpEvAqvdo3RB8Svqa2B030cL3ZcUAYvJygNz3hib5WAtl3m0MnbJ-7EDczFJ0kmte9rg6rMtdBONfM-4GZm0EmEKLgHhA/s320/156159_437587456254074_1300953727_n.jpg" width="296" /></a></div>
<i>Num segundo, trouxeram a emoção, </i><br />
<div>
<i>do passado, um longo caminho;</i></div>
<div>
<i>Do peito arrancaram a verdade,</i></div>
<div>
<i>e caiu por terra o pano da triste comédia</i></div>
<div>
<i>que lhes tolhia os sentidos:</i></div>
<div>
<i>Não mais viverão no caos, </i></div>
<div>
<i>não mais ansiarão pela Felicidade;</i></div>
<div>
<i>Apenas lhes resta o Sentimento, </i></div>
<div>
<i>a Vida, a Alma, </i></div>
<div>
<i>e o Sinal, </i></div>
<div>
<i>de tantos anos cravado no coração, </i></div>
<div>
<i>que trazem agora tatuado na pele. </i></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<i>Sunshine and Angel - Maio 2012</i></div>
<div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"><br /></span></i></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"><br /></span></i></span></div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
</span></i></span></div>
Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-24925790111647935582013-04-30T00:33:00.003+01:002013-04-30T00:34:56.971+01:00By ZPL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCHS3UZ-itg8m9PI1KKiUkzI0K1o2BfBSCwJR8_ufMX1pRMCB-6eMT5sDfzwyOtSSO27YmGTD5f3CmMQNOnD_pfhwO2JUdUR_O0D-g-wvA2P_mGbxYyrYuxdFUWG8eiRa-xkjovw/s1600/23760_4152705782308_259665579_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="345" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCHS3UZ-itg8m9PI1KKiUkzI0K1o2BfBSCwJR8_ufMX1pRMCB-6eMT5sDfzwyOtSSO27YmGTD5f3CmMQNOnD_pfhwO2JUdUR_O0D-g-wvA2P_mGbxYyrYuxdFUWG8eiRa-xkjovw/s400/23760_4152705782308_259665579_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-41392814836229833302011-10-19T15:48:00.002+01:002011-10-19T16:31:12.470+01:00#8 - Filosofia de Ponta: Facadas nas costas<span style="font-family: trebuchet ms;">Duro de roer. Refiro-me ao golpe duro que se leva quando descobrimos nas outras pessoas a falsidade, a mentira e a ingratidão. Desilusão pura. </span>
<span style="font-family: trebuchet ms;">De pessoas que não conhecemos, que conhecemos pouco, ou até de quem não gostamos, whatever, seja como for, não interessa muito o que pensam, o que dizem de nós, e o que fazem nas nossas costas. A mim, pelo menos, não me importa muito. </span>
<span style="font-family: trebuchet ms;">No entanto, facadas monumentais nas costas pela mão de quem não estamos mesmo a contar, de quem, agora ou antes, tínhamos boa impressão, ou por quem já nutrimos anteriormente algum carinho... é dose. </span>
<span style="font-family: trebuchet ms;">Dói saber que fazemos pelas pessoas aquilo que elas nunca fariam por nós. Dói saber que as pessoas nos mentem intencionalmente, enquanto nos enterram a espada do King Arthur bem fundo nas costas. Sem pré-aviso, sem amortecer a queda, sem analgésico. </span>
Um dia disseram-me que devia dar a outra face. Ok, mas para quem tem só duas faces, a matéria prima vai-se esgotando.
Esses, os falsos, os dissimulados, os mentirosos, vivem de expedientes, sugando paulatinamente a energia e a boa vontade de quem está para os aturar. Certo é uma coisa: quem quiser que abra bem os olhinhos, e veja a serpente pendurada na árvore. Mas a boa fé cega as pessoas, que fazer??
Sinais evidentes: exacerbada vitimização. Uma pseudo-vítima passa a vida a chorar baba e ranho sobre as suas desgraças pessoais. O mundo é mau, e existe apenas para atormentar essas pessoas. As outras pessoas odeiam-nas, não se sabe porquê. Tratam-nas mal, ostracizam-nas, e porque será?? Despoletam a nossa compaixão, monopolizam-nos, levam-nos a crer que somos a salvação única do mundo. E, crédulos, embarcamos num relambório de acções e agradecimentos exagerados, mensagens de extremo afecto e agradecimento, oferendas de carinho e amizade eterna.
Tuuuuuuuuuuudo falso.
Nas nossas costas, escarnecem dos nossos actos, vangloriam-se dos benefícios obtidos com as suas tragicomédias, e, pior, acusam-nos de sermos os verdadeiros culpados das suas desgraças. Chamam-nos nomes, inventam, difamam, acusam.
E nós nem sabemos, nem calculamos o que vai nas nossas barbas.
Por isso, quando nos chegam aos ouvidos os relatos de tais infâmias, é como se uma parte do nosso mundo caísse. O que acreditamos - a boa vontade, a educação, a compaixão, a entre-ajuda ao nosso semelhante - são arrastadas pela lama como se se tratasse de um cadáver de um touro morto na arena.
A mim, choca-me. Não peço que me idolatrem pelas minhas boas acções, mas pelo menos que não me ataquem pelas costas.
E porquê?
Porque fomos otários em acreditar nesses energúmenos. Não sei de quem é a maior culpa, sinceramente: Se da nossa absurda credulidade, se dessas sanguessugas encapotadas.
Apenas existe uma solução - para não entrar pelo campo da ilegalidade.. porque umas chapadas bem assentes também eram de algum interesse... - é abominar essa gente, reduzi-la à sua insignificância, ostracizá-la de vez. Impedi-los de sequer nos dirigirem a palavra. Fingir que morreram.
A mim, indigna-me que haja gente assim. E há muita.Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-190329869521558372011-09-27T01:25:00.003+01:002011-09-27T03:21:11.990+01:00#7 - Filosofia de Ponta: Mosquitos vs Annoying people.<div style="text-align: justify; font-family: trebuchet ms;">Já todos tivemos algum incómodo com um insecto. Melga, mosquito, mosca, etc, dessas coisas que tem patas e asas e não nos largam a não ser que lhes depejemos um frasco de Mafu muito bem despejado em cima.
Também se pode resolver a questão à pázada. Ou à chinelada, ou vassourada, ou qualquer coisa acabada em ...ada, e que resolva de vez o problema, esmagando o bicho mau até que o seu âmago saia cá para fora às golfadas.
Há pessoas que nasceram para ser assim - parasitas da paciência alheia, melgam os outros como se não houvesse amanhã, mormente espalhando o seu mau feitio peçonhento.
Este tipo de pessoas não tem vida própria, vive a vida dos outros - ou tenta, pelo menos, entrar na vida das pessoas, conspurcando-a de mau estar. Contamina tudo, e todos, a fim de se instalar e integrar onde nunca se integraria em boa fé. Desta feita, encostam-se, picam, fazem barulho, puxam e empurram, até fazer tropeçar alguém no seu rastilho de pólvora seca, e aí, então, tentam espezinhar e tomar o lugar do pobre diabo que teve o azar de cair.
Mais não fazem do que tentar copiar pobremente a vida alheia. Vêem os outros felizes à sua volta, vêm estabilidade e concórdia, ao passo que olham para dentro de si, e só vêem duas coisas - negro e vazio.
Desprezam a felicidade dos outros, invejam-na. Querem-na para si, tentam apropriar-se dos momentos bons dos outros. E, nas suas própias vidas sem sentido, percorrem um ror de asneiras ridículas, que mais não são vagas tentativas de imitação. E insistem.... e voltam a bater com a cabeça na parede. E continuam - e, pior - orgulham-se da asneira....
Certas pessoas fazem-me lembrar directamente as moscas no Verão, a bater nos vidros. Sabem que tem uma barreira. Sabem que não a conseguirão jamais atravessar. No entanto, marram insistentemente até perder os sentidos. Ou até a mão alheia lhes assentar uma valente pantufada. ou então que lhes abra o vidro da janela.
Pessoalmente, prefiro a solução da pantufada. Pela minha parte, cansei de ser benevolente, o raio das moscas não merecem esse esforço. E certa gente também não. Até porque, tal como no caso das moscas, pessoa que beneficia da nossa clemência, mais tarde ou mais cedo acaba por vir melgar de novo. E é aí que nos arrependemos.
Esta gente mais não é do que uma palhaçada, uma trupe de mimos sem graça que ninguém ouve. Incomodam - mas ninguém os ouve. É apenas divertido rir dos seus trambolhões desajeitados, mas,<span style="font-style: italic;"> at the end of the day</span>, vamos para nossa casa, e esquecemos que existem.
Deixamo-los ao relento, como cães sarnentos, almejando os seus 5 minutos de atenção e uma refeição quente. E é lá que estão bem. Essa gente, não me refiro aos cães, coitados, esses merecem pelo menos uma refeição quente.
Piada tem o facto de que esta gentinha anda em enxame - junta-se muito bem, ainda que suas viperinas línguas enterrem os vivos e desenterrem os mortos. Causam alvoroço, agitação, no intuito de terem os seus minutos de fama e atenção.
No fundo, não querem morrer sós ao canto de uma sala, sentados numa cadeira de pau. Mas esse é certa e fatalmente o seu destino.
Vidas vazias criam Annoying People, tal como a porcaria faz proliferar os insectos chatos.
Limpe-se a porcaria, encham-se as vidas - e todo o mundo seria melhor.
Por mim, ao inferno com essa gente daninha e morrinhenta. E com os insectos chatos também...</div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-50968120114955766192010-07-03T08:41:00.011+01:002013-04-29T01:34:09.944+01:00#6 - Filosofia de Ponta: Ideias Fixas<div style="color: white; text-align: justify;">
<span style="font-size: 85%;">Este é um texto que escrevi algures em 2006, e que revisitei no meu <a href="http://fugaemmimmenor.spaces.live.com/blog/cns%212344662CD35D8CA4%21154.entry">espaço do Hotmail</a>. Surpreendida como ainda se mantém actual, volto a publicar.</span>
<span style="font-size: 85%;"></span><span id="ctl00_MainContentPlaceholder_ctl01_ctl00_lblEntry"></span><br />
<span id="ctl00_MainContentPlaceholder_ctl01_ctl00_lblEntry"><span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Não, não vou aqui tecer considerações sobre o Ideiafix, o fiel cão de Obélix, companheiro divertido nas aventuras e camarada voluntário na protecção dos indefesos, da minha saudosa BD, que há tanto tempo que não leio. </span></span><br />
<span id="ctl00_MainContentPlaceholder_ctl01_ctl00_lblEntry"> <span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Ideia que surge da inspiração de um fantástico texto que um amigo meu tem no blog dele <i>(olá, A .)</i> </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">De facto, as pessoas vivem de ideias fixas. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Nascemos com uma ideia fixa - ser felizes. É um programa que nos instalam no cérebro, e que somos nós a desenvolver. Mesmo que a mensagem de erro surja irritante e repetidamente, continuamos a fazer OK, sem parar, à espera que o problema se resolva sozinho. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Este conceito de "ser feliz" - ideia fixa por excelência, compõe-se de vários subtítulos, também eles ideias fixas. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">A primeira é que só se é feliz quando se tem um bom emprego. Bem, pelo menos quando se TEM emprego. Pois. Não se pode dizer que seja uma mentira pegada... mas então porque é que tantas pessoas se arrastam diariamente para os seus locais de trabalho, carregando nas costas o peso de toneladas de insatisfação? Entramos num autocarro, vemos caras que se contorcem por dentro, mãos que se crispam, olhares cansados de tristeza, absortos, olhando o horizonte longínquo como quem espera o barco salva-vidas que não vem. Estamos numa fila de trânsito, olhamos para as pessoas ao volante do carro ao lado (eu faço isso amiúde...) e raramente vemos um rosto iluminado, trauteando a musiqueta da Rádio, batucando com os dedos no volante. Antes vemos faces carrancudas, a praguejar contra o caos. E vai quase toda a gente para o emprego!!! Esse mesmo que lhes dá a felicidade!!!! Bem, sendo a felicidade um cheque ao fim do mês... ok, são felizes. (alguns, pelo menos...). Mas e o conceito de realização pessoal??? Não conta??? Não, se calhar não conta. Calculo que, por esta ordem de ideias, o nosso primeiro-ministro, ou os administradores nas nossas maiores empresas saiam de casa todos os dias de manhã com um sorriso de orelha a orelha. Ou se calhar nem por isso... (bem, ao nosso Primeiro, desde que magoou a perna na neve, deve custar-lhe mais). </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;"> </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Depois - a ideia de que ter bens materiais é ser feliz - um indivíduo rico é feliz porque é rico. Não contesto, o €€€€ não traz felicidade, mas lá que ajuda... E depois, os mais desprendidos podem sempre usar o vil metal para ir para o Botswana em missão humanitária. Felicidade? Talvez, e muita. Queremos todos ser ricos, a ânsia dos que o são é preencher o vazio de espírito que vem da facilidade entediante das coisas, a ânsia dos que não o são, é ser.... Por isso se joga loucamente no Euro milhões. É uma sociedade de consumo, que valoriza o <i>status,</i> o aspecto, o ter mais que o ser, o poder e quem o detém, o vil metal. Quem pode, pode. Quem não pode... reduz-se à sua insignificância e sai de cima. A Feira das Vaidades instalou-se de tal maneira que as ruas não são ruas, os cafés não são cafés, a assembleia da república não é um local de discussão e resolução das problemáticas da nação: são passerelles de concurso, onde se apura quem mais tem e quem mais pode... </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Outra ideia fixa: ninguém é feliz sozinho. CERTO. Mas subverteu-se o conceito de tal maneira, que a definição de "sozinho" é: sem par, sem cônjuge, sem companheiro(a)... Pois sim. Regressamos à dualidade. 2 é o número perfeito (não era o 3??). Só se é perfeito se se for o 1 da expressão 1+1. Isto porque, claro, o resultado desta expressão não é 2, como seria matematicamente correcto, mas antes 1. CONTA ERRADA. 1+1=2, até eu sei isso. O dia de S. Valentim, por exemplo. Pobre santo, que aposto que não queria que usassem o seu nome em vão, é, concerteza, contra esta algaraviada dos ursos de peluche com corações. Tem que ser. Mas percebe-se porque se enfatiza tanto o facto de se ter alguém: as relações já não dão certo, os casais felizes são uma raridade. Logo, quando há escassez... o produto fica-nos mais caro... lei da oferta e da procura. Vários tipos de ideias fixas: </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">1- A de que se encontramos alguém, e as coisas funcionam, não interessa se não é bem aquilo que queremos... interessa é que seja alguém que esteja connosco, que faça número, e que não nos dê muita chatice. Tipo de relação: Socialmente aceitável, confortável, minimamente estável e... profundamente entediante. E mesmo que se fomente a relação paralela... o que interessa é fazer estatística, jogar no clube dos números pares. Mesmo que seja a mais infeliz das situações, mesmo que sangrem os olhos e os corações dos golpes desferidos pelo ente amado. As amarras não se soltam, porque é pior estar só. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">2 - A de que somos uns infelizes e desgraçados seres humanos, só porque não temos o tal par, não temos jantares românticos, não oferecemos nem recebemos flores vermelhas nem peluches com corações. E depois? Deixamos de ser pessoas por isso? Porque vivemos atormentados com essa estúpida ideia? Só porque somos estúpidos. <i>Blind poor stupid people</i>. Mas isso acontece porque há uma discriminação parola em relação a pessoas que se assumem livres e devolutas. <i>"ai, mas ainda não arranjaste marido???"</i>, diz-me a Tia Maria de vez em quando na mercearia lá da terra. <i>"Não, Tia Maria, tenho mais que fazer.”,</i> digo eu. "<i>mas olha que ficas para tia!!!!",</i> diz ela. <i>"Ná... isso é que não fico... não tenho irmãos, posso lá alguma vez ficar pra tia...",</i> digo eu outra vez. <i>"pois.. mas olha que vais ficando entradota e depois ninguém te pega..."</i> Diz ela. <i>"Deixe lá, depois faço uma OPV sobre mim própria..."</i> , e com esta é que eu a calei... mas só porque ela não sabia o que era uma OPV. Mas que a Tia Maria diga isto, é normal. A tia Maria tem 70 anos, e nunca saiu da aldeia, para ela, ter marido é condição <i>sine qua non</i> para se ter uma vida decente. Mas que o digam pessoas supostamente esclarecidas, não há magnanimidade que aguente. E que as há, há.... Sozinhos, mas existem outras coisas. Olhem, liberdade de escolha, por exemplo.... Liberdade, no sentido lato. <i>No socks to sew</i>...., pelo menos. E valoriza-se o nosso próprio eu, sem apêndices; a falha, como o sucesso, são da nossa responsabilidade, o tempo também é nosso. E assim podemos gastá-lo com outras coisas. E o mesmo que se diz da alma, diga-se também em relação ao corpo. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">3 - A ideia da necessidade de um corpo diariamente ao lado do nosso (ou noutra posição qualquer).... bem, questionável, ainda<span style="font-family: Century Gothic;"> que a ideia não seja má de todo. Mas que seja por paixão, por desejo, por afinidade, por amor, por amizade, porque sim... mas nunca por comodismo. Corpos são corpos, e o prazer pode obter-se de muitas maneiras... mas corpos também são pessoas. Não as podemos prender, nem a elas, nem </span>a nós próprios. O sexo não pode prender, antes deve libertar. O problema grave e complicado é que, se por um lado se desprestigiou a relação duradoura, vigorando o regime do <i>usa-e-manda-para-a-reciclagem</i>, por outro lado há por aí muita relação se vai mantendo à base de comodismo e inércia. <i>Hélas</i>. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">É necessário levantar o real traseiro do banquinho minúsculo (desculpa, A., plagiei esta...) onde vivemos agachados, levantar a cabeça e seguir em frente. Soltar amarras, procurar o que quer que seja que nos realiza verdadeiramente, não por 2 minutos e meio, mas durante o tempo necessário para desfrutarmos dessa felicidade. Ideias fixas, estereótipos fabricados pela Coca-Cola não, por favor. O conceito de felicidade devia ser construído pela mão de cada um, com as directivas que para si são importantes. Sem censuras, sem discriminações, sem bloqueios. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Ideiafix é um cãozinho amoroso, cuja ideia fixa é seguir religiosamente o seu gordo dono das calças às riscas. </span><br />
<span style="font-family: 'Century Gothic'; font-size: 10pt;">Não à subserviência. </span><br />
<i><span style="font-size: 10pt;">C´est tout. </span></i></span></div>
Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-17540829457814563702009-12-28T18:54:00.003+00:002009-12-28T19:38:31.549+00:00#5. Filosofia de Ponta: Reminiscências e Raízes<div style="text-align: justify;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Certamente toda a gente já teve aquela sensação de conforto absoluto e segurança ao voltar ao local das suas raízes. É um facto que a Dorothy do "Feiticeiro de Oz "tinha toda a razão quando batia os calcanhares nos seus sapatinhos de rubi, e dizia, fechando os olhos, "<span style="font-style: italic;">there's no place like home</span>". É absolutamente verdade.
Este Natal pude ir a casa dos meus pais. Nem sempre isso é possível, por várias ordens de razões, mas este ano consegui ir 3 dias à terra que me viu nascer.
Nos últimos anos, tenho faltado muitas vezes à chamada da casa paterna, e visto daqui, tenho pena que assim tenha sido.
A minha terra é muito fria, sobretudo nesta época do Natal. Não neva (felizmente!...). mas foram muitos anos a saborear pais natal de chocolate enrolada numa manta na cozinha a ver filmes no dia de Natal à tarde.
À parte com todas essas tretas do Natal, das prendinhas, dos centros comerciais e das compras, das renas e tipos barbudos vestidos à Coca-Cola, e demais foleirices que toda a gente sabe que odeio, voltar à terra este Natal trouxe-me as reminiscências de tempos que já passaram e que, sinceramente tenho saudades.
Pegar no meu antigo carrito, chaufagem no máximo, rumar a Viana do Castelo e ir visitar uma grande amiga dos tempos de menina (mesmo que tenha ido directamente ao emprego dela!!! - P..., adoro-te!), percorrer aqueles 20 km de Ponte de Lima a Viana a ouvir as musiquetas da Rádio Ondas do Lima, ora folclore (delícia dos domingos de manhã), ora o "One Moment in Time" da Whitney Houston; ver o pessoal a movimentar-se para todos os lados numa azáfama, logo de manha cedinho, mesmo num domingo (que saudades de ver lojas abertas às 9h da manhã e até antes!!!), conhecer as pessoas de vista, ver miudos que carragámos ao colo já enormes e muitos deles com família constituída; passar pelos fotógrafos e ver as fotos dos casamentos dos nossos colegas de escola que não vemos há anos, sair da missa das 7h30 da manhã, frio de rachar, e passar no tasco de sempre, lá estando a salamandra acesa , prontinha para sentar em frente e aquecer os pés, tomar um café, uma sopa, um cozido, o que quer que se esteja a fazer na cozinha do amigo Carlos, conversar com os amigos, vizinhos e conterraneos em geral, como se nunca dali tivesse abalado...
São reminiscências tão boas e tão presentes, felizmente, que quase que me fazem esquecer o motivo que me fez sair de lá há uns bons anos.
E porque surtem estas reminiscências do passado e das raízes de cada um este tipo de sensações?
Dizem que o local onde se nasce permanece sempre nas nossas memórias como o início de tudo, a marca inicial da nossa personalidade. De facto, até pode ser assim, não sei é como será com os saltimbancos, ou as pessoas que passam a vida em constante viagem. De toda a forma, como muita da minha infância também foi passada na outra ponta do país, completamente oposta em costumes e em atitudes, às vezes as coisas confundem-se, mas parece que ainda voltei para o Norte a tempo de deixar aprofundar na minha memória a pureza e a espontaneidade daquela terra. Tem mais a ver comigo, não sei.
Quando um indivíduo nasce, forma a sua personalidade em torno de determinados valores que lhe são transmitidos, por todos os que o rodeiam. É imbuído no ambiente.
A minha ideia é que mesmo que saia dali, mesmo que emigre, viaje, desapareça, e mesmo que o negue, o local suas raízes fica na mente do indivíduo marcado como o círculo de encontro, o primeiro porto de onde se saiu, aquele ponto onde se anseia voltar, nem que seja para ver como está. Um marco, um porto seguro, o inicio da aventura.
No fundo, o conforto e a segurança que a nossa terra nos traz à lembrança tem a ver com a própria segurança do útero materno, com o conforto do circulo familiar. Saímos dali. Somos dali. E não há <span style="font-style: italic;">status </span>nem farsa que possa apagar isso.
Choca-me que as pessoas neguem as suas raízes, ou pior, que trocem das raízes dos outros. Cada um é de onde é, teve a educação que teve, e com o tempo pode chegar onde quiser, <span style="font-style: italic;">se</span> quiser. O lugar de onde saiu pode até ser irrelevante como condicionante,(ou não) mas está lá. E seja onde for, deve ser motivo de respeito, pelo menos.
Negar as raízes é cobarde. <span style="font-style: italic;"> </span>
E eu não sou cobarde. Tenho muito orgulho de ser donde sou.
</span></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-29923218350913393312009-02-26T09:31:00.000+00:002009-02-26T09:32:24.971+00:00Amizade pura<p>Sem entraves, sem névoas,</p><p>a amizade é um límpido lago, vasto,</p><p>que nunca se esgota, não evapora,</p><p>apenas vai mudando de forma ao logo dos anos.</p><p>A erosão do tempo não o gasta, apenas apura,</p><p>reforça as suas bases e abrilhanta a sua superfície.</p><p>a pureza das suas águas torna-se cada vez mais refinada,</p><p>e não se contamina de forma alguma,</p><p>nem o lodo da distância lá consegue alastrar. </p><p>Amigos, dos verdadeiros,</p><p> são aqueles que temos no coração a vida toda,</p><p> e que não esquecemos mesmo que estejam longe da nossa vista. </p><p>São vocês. Vocês sabem. </p>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-28638714464641681762009-02-16T18:05:00.006+00:002009-02-16T18:20:11.876+00:00O Erro e o Breu<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgveV4AMK-zX8iUd0l6p7TI26Z4syhZrBuaCC43JAtdMnMojmrDaBoPyZOJPEWmKnKM-xlYzZE22fvTwLd7cMZwQ-5EzFsb6xU7J07kuaYichrxlPrX62UUqhyphenhyphenHKKnEIBaneVuXag/s1600-h/images.jpeg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 135px; height: 96px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgveV4AMK-zX8iUd0l6p7TI26Z4syhZrBuaCC43JAtdMnMojmrDaBoPyZOJPEWmKnKM-xlYzZE22fvTwLd7cMZwQ-5EzFsb6xU7J07kuaYichrxlPrX62UUqhyphenhyphenHKKnEIBaneVuXag/s400/images.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5303459255628760770" border="0" /></a>
<div style="text-align: center;">Noite negra,
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-family:trebuchet ms;">vazio duro,
solidão.
O erro constatado,
empiricamente sofrido,
de quem já não consegue ver o futuro.
Ou nunca o viu.
Mão vazia,
gretada e morta,
de quem já não tem mais nada para dar.
Alma errante,
sem fim nem caminho traçado,
perdida na incerteza do horizonte inatingível.
O desejo que foi, a sorte que era, o riso tolo, incauto,
de quem esperava tudo e nada teve.
Restou nada.
Só o Erro... e o Breu.
<span style="font-style: italic;">(c) Bluerussian</span>
</span></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-78061351455516746872009-02-10T12:45:00.003+00:002009-02-10T13:17:10.644+00:00#4. Filosofia de Ponta: A crise do ser social<span style="font-family:trebuchet ms;">O Homem, esse animal social. "</span><span style="font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Ninguém é feliz sozinho</span><span style="font-family:trebuchet ms;">", essa máxima tão kitsch quanto verdadeira. </span>Na realidade, o Homem precisa dos outros por duas razões: para satisfazer a carne, e para satisfazer o ego.
<div style="text-align: justify;">Senão vejamos: o sexo é uma necessidade física e social - precisamos de nos relacionar sexualmente, por uma razão hormonal e por uma razão social, temos que satisfazer o corpo e temos que fazer proliferar a espécie. Estas duas razões podem sempre andar aliadas, ou nem por isso, mas movem o mundo em muitos sentidos.
Mas o EGO, esse.... esse é a verdadeira causa de todos o males (ou bens) da sociedade.
O Homem tem necessidade de se afirmar, perante o sexo oposto, perante o mesmo sexo, perante o poder, perante o vizinho, o cão e o gato, toda a gente. E porquê? Porque só é aceite se for superior, ou pelo menos igual, aos outros .Se for inferior, é escumalha. E integrar é uma necessidade, lá está, porque sozinhos definhamos à margem e não somos humanos... somos uma mobília jogada fora.
Mas integrar muitas vezes implica mentir. Enganar. Ludibriar.
"<span style="font-style: italic;">Eu sou, eu faço, eu tenho, eu vou</span>". Isso é que interessa. O que define, no dia de hoje, as pessoas, é o que têm, mais do que o que fazem.
Em temo de crise, como este, é tão amiúde que vemos toda a gente encher a boca para falar de dificuldades, mas não as suas: cada um esforça-se por ostentar faustosamente aquilo que tem e não tem, numa feira de vaidades que não tem fim. Mesmo que isso implique faltar tudo lá em casa.
Dá asco ver certas pessoas descer tão baixo ao recusarem enfrentar a realidade da crise, continuando a esgotar os recursos já extintos, esperneando para evitar um afogamento, mas mantendo a cabeça fora de água, linda e loira, cheia de botox, cremes caros e perfumes, laca e madeixas, trapo de marca, bijouteria fina. É decadente que as pessoas se recusem a trabalhar porque tem vergonha de trabalhar numa coisa "abaixo do seu nível". E aí, então, sabe Deus o que vai lá em casa. É angustiante ver toda a gente a comer ar e vento e fatias fininhas de fiambre e queijo, para não abdicar das férias no Algarve. Dói ver um pai e uma mãe com trapinho novo acabado de comprar numa loja de marca a recusar um Danoninho à criança "porque é caro".
Imagino alguns frigoríficos lá em casa. Brancos e límpidos, vazios.
Comer já não é prioridade, e se for tem que ser rasco e barato. O que se traz em cima do corpo e nas mãos (e pés) é que não pode fazer denotar a crise.
O Natal passou, e onde estava a crise? Nos centrso comerciais não esteve, com certeza... A crise foi depois, para pagar as contas do cartão de crédito em Janeiro. Pelo menos havia os restos do Natal para comer.
O Homem desumaniza-se. Trai-se, desnaturaliza-se, plastifica-se. Tudo porque quer paracer integrado, não na Humanidade, mas numa classe confortável, culta e rica. Humanidade é para pobres. E pobres são os pedintes.
Pobres são eles, os "integrados". De espírito.
Falso, tudo falso.
Tudo ao cadafalso, isso sim.
</div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-466214928949163652007-12-09T22:19:00.000+00:002007-12-10T20:50:05.642+00:00# 3 Filosofia de Ponta: Das pessoas que amamos e odiamos<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">As pessoas são inevitáveis, na nossa vida. Estamos rodeados delas, e se assim não fosse, pelo menos morríamos de tédio. Fonte de verdadeira felicidade para nós, algumas pessoas que passam pela nossa existência marcam-nos momentos tão bons que nunca mais as esquecemos. Outras há que são para nós como verrugas que tentamos arrancar, espremer e deixar secar com toda a força dos nosso músculos. </span></div>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Há, portanto, pessoas de quem gostamos e pessoas que odiamos. Mas também há os meios termos, isto é, pessoas que gostamos assim-assim, pessoas que não nos fazem qualquer diferença, e pessoas por quem simplesmente não nutrimos grande simpatia. </span></div>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Se nos perguntarem que é o nosso melhor amigo, ou a pessoa de quem gostamos mais, respoondemos prontamente um, dois ou três nomes. Pais, irmãos, namorado/cônjuge, ou o melhor amigo, podem estar sempre no topo da nossa lista dos <em>beloved</em>. Mas se nos perguntarem quem é o nosso maior inimigo, a pessoa mais odiosa para nós, esses nomes também aparecem. Mas temos vergonha ou pudor em dizer quem são. Porquê? Porque raio fazemos gala em gritar aos sete ventos os nomes dos nossos entes queridos, e escondemos do mundo os nomes daqueles que gostaríamos de ver desterrados na Sibéria,sem roupa e sem comida? </span></div>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">É feio odiar pessoas. Mostra o lado negro da raça humana, e ninguém gosta de mostrar o seu lado negro. Somos todos bonzinhos, não é? Não possuimos sentimentos menos nobres. Não queremos mal a ninguém.
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Mentira! Faz parte da natureza humana, mentir. E odiar, também. E não gostar, e não sentir empatia, e querer o mal de alguém</span></span><span style="font-family:Trebuchet MS;">. E porque é que isso acontece? Normalmente, porque se trata de pessoas que nos fizeram mal... ou que fizeram alguma coisa que não nos agradou. </span></div>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Acontece a toda a gente, isto. Também há casos em que não se gosta das pessoas pela pura inveja de se querer ser, ou ter, como essa pessoa. Nestes casos, criamos anticorpos contra as pessoas que são o exemplo daquilo que queremos. É natural que isto suceda assim, somos pessoas, não somos deuses. E mesmo que eu fosse Deus, garantidamente gostaria mais de uns indivíduos que de outros. "<em>Ai este fulano é assim, ai fez isso, ai é mau? Então não gosto dele, vou castigá-lo</em>"; "<em>Ai esta tipa é gira, ai tem a mania, ai não tem mania, mas devia ter? vou dar-lhe uns azares, para ela aprender</em>...". Seria um Deus um bocadinho tendencioso, lá isso é verdade, mas deve ser por isso que eu não sou Deus... O verdadeiro Deus é-o por alguma razão. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Odiar é uma palavra forte. Para nós, pessoas comuns (eu considero-me uma pessoa comum), é normal odiar uma, duas, no máximo três pessoas. Mais do que isto, já é capaz de ser uma psicopatia. Digo ODIAR mesmo, aquela vontade que temos de esganar, de condenar ao fogo eterno, de causar a maior das infelicidades. Quando odiamos, desejamos que essa pessoa morra, ou pelo menos não nos importávamos nada com isso, se acontecesse. Por razões de piedade humana, ou religiosa, ou espiritista, acabamos sempre por não odiar ao ponto de matar mesmo. Alguns fazem-no, mas esses chama-se criminosos, muitos deles psicopatas. Não serão exemplo. Mas de facto, as pessoas que odiamos causam-nos um mal-estar tão incómodo que gostaríamos, pelo menos, de nunca mais as ver, gostaríamos que fossem para longe de tudo o que nos diz respeito e não voltassem. E de preferência, que fossem infelizes. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Já devem ter reparado que, por esta ordem de ideias, o ódio é o oposto do Amor. Ponham esta fraseado anterior todo ao contrário, e aí tem o nobre sentimento do Amor: o fogo, a ansia de ter, o desejo de felicidade, o querer bem, o não passar sem. Mas sobre o Amor, já tanto se disse, que qualquer coisa que eu escreva vai parecer enfadonha. Não que eu ache que o Amor é enfadonho, não, que o Amor é lindo, mas tem mais piada escrever sobre o ódio... precisamente porque não se escreve tanto sobre ele. É quase uma injustiça. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Odiamos porque nos fizeram mal, em primeiro lugar. De alguma maneira, sentimo-nos injuriados com a atitude de alguém: falaram mal de nós, prejudicaram-nos o emprego, traíram a nossa confiança, ofenderam-nos, envergonharam-nos, roubaram-nos, enganaram-nos, humilharam-nos... há tantas causas! Mas os efeitos podem ser diferentes, nas pessoas. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Os mais "<em>sangue de barata</em>" regaem beatamente com a atitude de "<em>Deus te perdoe</em>", e muitas vezes oferecem a outra face, e lá são tramados novamente. Perdoam, esquecem, a sua magnanimidade é quase divina. Santos, esses, que os seus ossos não se esfarelarão em pó, e serão canonizados. Há os menos bonzinhos, mas sobretudo pacíficos, que preferem um "<em>Deus te castigue</em>", apelando à justiça divina a aplicação do correctivo. Até podem perdoar, mas não esquecem... e raramente oferecem a outra face. Depois, há os que reagem logo: respondem à letra, no calor da emoção, e aplicam o correctivo na hora - são os práticos. zangam-se com o seu inimigo, mas passado um tempo, as coisas até vão passando. Estes, umas vezes perdoam, outras não... a maior parte das vezes, até esquecem, com o passar do tempo. Depois temos os vingativos: aqueles que calam a mágoa só pelo objectivo de se vingarem do seu ofensor, mas não logo, antes em altura que seja fatal - pela calada, quando o inimigo <em>dorme</em>. Terríveis esses - nem perdoam, nem esquecem... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Às vezes estas coisas misturam-se. Dependendo muitas vezes de quem nos ofende, ou da altura da vida em que estamos, esquecemos e perdoamos quem não devíamos, muitas vezes, e <em>vice-versa</em>. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Há depois aqueles ódios ligeiros, aquelas antipatias figadais mas inofensivas, aquelas incomodativas rixas psicológicas que travamos telepaticamente com o nosso <em>pseudo</em>-inimigo: são as pessoas com quem "<em>não vamos muito à bola</em>". Estes estão no limbo entre o "<em>não gosto lá muito de ti, à primeira que me faças, risco-te da minha lista</em>", e o "<em>pode ser que um dia mude de ideias e passes até beneficiar da minha amizade</em>". São estes casos que trazem surpresas. Quantas vezes antipatizamos com pessoas que com o tempo passam a ser as nossas melhores amigas? Ou até mesmo grandes casos amorosos que começam com animosidades menos queridas? A estas pessoas, pomos à prova sempre que podemos, é uma avaliação constante. Somos desconfiados, em relação a elas. É uma trabalheira.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">E aqueles que <em>não nos aquecem nem nos arrefecem</em>? Pessoas que passam pela nossa vida, e não damos por elas, ou, pelo menos, em relação às quais não temos curiosidade, não queremos saber, não nos chamam a atenção? Cuidado com elas.... muitas vezes, são essas que mais nos amam, ou que mais nos odeiam.... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Os nossos amigos, aqueles de quem gostamos, aqueles que consideramos bem, os que temos sempre à nossa volta, a esses amamos de um <em>amor amigo</em>, gostamos deles mas conseguimos suportar a distância, quando ela se impõe. Sabemos que eles estão por nós, mesmo que estejam longe. Fazemos o que podemos por eles, muitas vezes o que não podemos, e só queremos que sejam felizes, especialmente se for perto de nós. Família, amigos, colegas, esses todos. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">No topo do <em>ranking</em>, L<em>' Amour </em>(em francês é mais doce, mais fervoroso, digo eu). Amamos as pessoas que nunca queremos longe de nós, e, normalmente estas pessoas são os nosso pais, os nossos amados, e os nossos filhos. Devotos a eles, a nossa vida é, em muito, causar-lhes momentos de felicidade. E é assim que somos felizes, também. mesmo quando as pessoas que se amam se magoam, isso é porque se atrapalham com tanto desejo de fazer e ser feliz. Às vezes isso é difícil de conjugar, especialmente porque o Amor pressupões um bocadinho de sentimento possessivo... e isso às vezes fere o ente amado. Mas passa e perdoa-se se o Amor é verdadeiro. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Até porque se o Amor não é verdadeiro, pode sempre dar em ódio e aí, lá vamos nós outra vez ao início deste texto. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Somos assim, nós. Andamos por aqui aos encontrões uns aos outros, e que remédio temos nós senão conviver, e fazê-lo pelo melhor. Melhor ou pior, isso depende. De nós, e, mais uma vez.. dos outros. E, verdade seja dita, quem poderia viver sem isto?</span></div><div align="justify"></div></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-58350916536239430912007-11-02T23:43:00.000+00:002007-11-06T19:25:47.623+00:00§ 2 - Filosofia de Ponta: Jogos de computador<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJMAwC3Igeq-NJ5W8CMfl1pmP6QLY0rDWPdO-qjDr9Wxh2rPqI23LgqN0acfv3VqUGaAA3ZDvtaDIIM6BFKUCByCNTuP1-P5EHtL0QeiXlHl0DtIQ88buJZC__0s8BNnJCQi2Rmg/s1600-h/NEED_FOR_SPEEDTM_CARBON11111111.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5129799681828608386" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJMAwC3Igeq-NJ5W8CMfl1pmP6QLY0rDWPdO-qjDr9Wxh2rPqI23LgqN0acfv3VqUGaAA3ZDvtaDIIM6BFKUCByCNTuP1-P5EHtL0QeiXlHl0DtIQ88buJZC__0s8BNnJCQi2Rmg/s200/NEED_FOR_SPEEDTM_CARBON11111111.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:trebuchet ms;">Jogos de Computador: odeio-os. Coisinhas mais irritantes, esses dispositivos de fazer perder tempo às pessoas que se viciam neles, e pior, às pessoas que vivem à volta destas. Eu diria mesmo que são uns apetrechos do <em>Demo</em>. </span>
</div>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Quem diz Jogos de computador, diz <em>Playstations</em>, <em>Segas</em>, <em>Nintendos-não-sei-quê</em>, coisas que se ligam à ficha, dentro de um espaço fechado, e dão uns bonecos que se movem e actuam à medida que clicamos em botões. Quando eu era miúda, e estas coisas começaram a aparecer - na altura, os da <em>Atlantis</em>, quem não se lembra? - evidentemente que fiz a cabeça do meu pai em água para ter uma, e a minha própria também, porque que remédio tive eu senão esfalfar-me para ter uns notões na escola e merecer o bendito aparelho. E mereci. O papá, na sua magnificiência e eterna justiça, deu-mo. Verdade se diga, em duas semanas já desejava ter pedido outra coisa qualquer. Estava farta. Absolutamente monótono, os jogos eram ridículos, e tinham uma música que fazia esboroar o meu pobre cérebro de criança parva. Caramba, aquilo na TV parecia <em>tão</em> fixe!!!</span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZC11lnxwamlHeJNE9QsCXCrWMwjQDAnixTqh2oY6HQoCll9O9yBVVNGZPL9pEbeq4AZy18w8Tw7bG9UGyEqneSQt_3-CGO8hCBYEXKotcE4DyvojKNR8F-2jv9PZHFI7g4Y4elw/s1600-h/Quem_Quer_Ser_MilionRio_2_1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5129801988226046418" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZC11lnxwamlHeJNE9QsCXCrWMwjQDAnixTqh2oY6HQoCll9O9yBVVNGZPL9pEbeq4AZy18w8Tw7bG9UGyEqneSQt_3-CGO8hCBYEXKotcE4DyvojKNR8F-2jv9PZHFI7g4Y4elw/s200/Quem_Quer_Ser_MilionRio_2_1.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:Trebuchet MS;">Nas crianças, compreende-se. Pode até mesmo ser educativo. A miudagem gosta destas coisas de encarnar personagens, viver mundos e vidas diferentes, matar sem morrer, morrer sem matar, ou as duas coisas ao mesmo tempo, dare saltos hercúleos e voar, conduzir carros velozes e barcos elegantes, viver segundas vidas virtuais (<em>gostava de ser isto, gostava de ser aquilo</em>, etc.).</span>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Mas nos grandes... nos adultos de barba rija (sim, na maior parte, homens), não sei, já me parece um bocadito estranho que passem 20 h das 24h diárias em frente a um monitor de PC, a olhar, literalmente, para o boneco (as restantes 4 horas, dividem-nas entre o dormir e o comer e o ver tv...). E é fatal como o destino - vidrados como estão no jogo, podia cair-lhes a casa em cima, que isso mais não era que um pequeno sopro na orelha... </span>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZwT-_b5epRV3r6f2TyibdtC0meMv94yjiIyDd-_UubwAqhU8xyDDhblB9f2U-RvtsqdZRitgI7kHkiEx70Hekz93CqGpSZ2xezvc2FbWd4Y8Vza7OI2eO_hKwaB7Y72VlQqvNCQ/s1600-h/The_Sims_22.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5129800510757296562" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZwT-_b5epRV3r6f2TyibdtC0meMv94yjiIyDd-_UubwAqhU8xyDDhblB9f2U-RvtsqdZRitgI7kHkiEx70Hekz93CqGpSZ2xezvc2FbWd4Y8Vza7OI2eO_hKwaB7Y72VlQqvNCQ/s200/The_Sims_22.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:Trebuchet MS;">Raio de coisa mais viciante, quem a inventou deve andar a arder no inferno - se não anda, já lá deve muitos anos! Se o fervor para tudo fosse o mesmo que algumas pessoas tem para jogar nestas coisas, caramba, que o mundo girava tão mais depressa que se fazia noite ao meio dia....</span></div>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">E esta maluqueira dos SIMS... uma porcaria de um jogo em que as pessoas são um bando de tótós que representam o seu jogador, e vivem aquilo que o jogador não pode viver, na maior parte dos casos. É os <em>Sims nas férias</em>, os <em>Sims na Universidade</em>, os <em>Sims na cidade</em>, os <em>Sims no campo</em>, os <em>Sims no zoo</em>, os Sims cozido, os Sims frito, blá, blá, blá!!! Depois o <em>Second Life</em>, uma treta ao nível planetário, em que até instituições publicas e privadas alinham... Raio de ânsia de viver a vida que não é a nossa... perca-se mais tempo a tentar melhorar o nosso mundo, e o resultado será muito melhor, não?</span>
</div><div align="justify">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIhyxw8EE-5u7KILdtvLD50AJscNMppdwmxHBJeFkpC19G4_z6QjBQCLRXgnXgfSNuIcIPjffuv3Rdns59-EpUYrRe2tqhK3QBCMBXxpEy9NBKFQlevd4ESe0D6c7qwan0GGIBBw/s1600-h/Super_Puzzle_Bobble7.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5129800978908731842" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIhyxw8EE-5u7KILdtvLD50AJscNMppdwmxHBJeFkpC19G4_z6QjBQCLRXgnXgfSNuIcIPjffuv3Rdns59-EpUYrRe2tqhK3QBCMBXxpEy9NBKFQlevd4ESe0D6c7qwan0GGIBBw/s200/Super_Puzzle_Bobble7.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:Trebuchet MS;">Os miúdos nascem a saber mexer num pc. E coisas como pintar livros, construir carrinhos de rolamentos, andar de bicicleta, jogar à bola, isso é para os "tristes" que não tem um... (para mim, esses os verdadeiros sortudos...). e depois, há que comprar jogos a cada 15 minutos, porque o consumismo assim o exige, e o que agora é "muita fixe", daqui a 2 segundos é "uma seca". E um pai que não ponha um pc à disposição da criança... é fuzilado imediatamente com o desprezo do "<em>o pai do Zézinho é melhor do que tu, porque lhe deu um computador e jogos, e eu queria é ser filho dele</em>"...Primícias dos tempos modernos, é o que é. </span>
</div><p align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Exceptuando as crianças, são dois tipos de pessoas, as que se viciam em jogos de pc: o indivíduo que é um estratega nato, e joga para testar e exercitar a sua argúcia, e o típico <em>nerd</em> que abomina a sua vida real e dá prevalência à sua existência virtual. </span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">No primeiro caso, não é de censurar, apenas tem como ponto negativo o dispêndio incessante de horas para terminar um jogo, e provar a sua hegemonia face à tecnologia. Prefira-se jogos de cariz militar (jogos de guerra, <em>in your face, </em>luta, etc.) ou social (construção e manutenção de cidades, civilizações, património, ou então jogos de futebol, ou outros desportos, etc.), o estratega começa um jogo e não mais pára até conseguir atingir uma resma de objectivos a que se propõe, querendo visceralmente vencer a máquina, e ser declarado o maior, o dominante, o <em>master</em> <em>and commander.</em> Normalmente, depois de terminar um jogo, e vencer a máquina, ninguém o atura. Pelo menos até arranjar outro jogo (coisas de homens - com as mulheres, em geral tendem a fazer o mesmo...).</span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">No segundo caso, é grave... o <em>nerd</em> começa por se lamentar da vida baça que tem, e começa a procurar existências paralelas, em que ninguém o conheça, ninguém sequer o veja, e onde se possa gabar do que não é, achando assim que a sua aceitação por parte da comunidade - a maior parte, virtual, também - será mais fácil. Este indivíduo adora <em>chats</em>, jogos de simulação de personagens - o <em>Sims</em>, ou o <em>Second life</em>, por exemplo - e normalmente é o oposto daquilo que apresenta na sua vida virtual. Cuidado com ele. Até porque, como faz o possível para se omitir à vida real, passando todos os minutos que pode na sua vida virtual, que prefere, descurando coisas importantes como a saúde, o aspecto, a habilidade de lidar socialmente com pessoas de carne e osso , enfim, todas as coisas que nos ensinam desde pequenos, desde o primeiro dia em que ouvimos a frase <em>"nenhum homem é uma ilha".</em> Os <em>nerds</em> são uma ilha, rodeada de cabos de pc por todos os lados. O limiar da realidade confunde-se, passado uns tempos de excesso de omissão social, com essa <em>twilight zone</em> que é a realidade virtual, e os indivíduos, muitas vezes, regridem ao estado de homem das cavernas, ainda que um homem das cavernas tecnológico. Não falam, grunhem, e teclam à velocidade da luz, comem comida de plástico e sandes de atum, bebem coca-cola e café para estarem acordados e <em>online</em> o máximo de horas, e, geralmente, têm borbulhas, maus dentes, falta de cabelo, corcunda e chagas no rabo (devido à posição em que passam tanto tempo, sentados frente ao pc). </span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Os primeiros, são normalmente saudáveis, cabe-nos a nós, mulheres que os têm assim, tentar vencer também a máquina, conseguindo desviar a atenção dos nosso estrategas para nós próprias (qualquer mulher sabe, no fundo, como fazê-lo) - para esses, há salvação. </span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Os segundos... Recomenda-se uma marreta e força para partir o pc todo e esmigalhar os cabos de internet. Depois, um internamento numa clínica de desintoxicação, para restabelecer o corpo de todas as maleitas que apanhou por falta de se cuidar. E depois, uma dose cavalar de VIDA SOCIAL, para uma restruturação pessoal completa. E uma providência cautelar de obrigação de afastamento de computadores com <em>internet</em> de, pelo menos, uns dez anos. </span></p><p align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Não nego que há jogos engraçados, que fazem puxar pela cabeça e prendem a atenção. Mas o que é demais é erro, e enjoa, ainda por cima...</span></p>
<div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-85121712478510074642007-10-01T10:56:00.000+01:002007-10-01T12:43:34.777+01:00§1. Filosofia de Ponta - O Levantar de manhã<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjts8Tnsg8zj6_UkkP9gDaXzV4OYi2RiLJhrLVSzixXfrsnRjjYpXFX7BQfYrYUMOLbAk2HXYiavzrWwuHfCXWy6MpSJarSZSC_SU1L5kvYlMEWMMaSGiMmXL5KJcvwosXUh0cmFg/s1600-h/despertador.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjts8Tnsg8zj6_UkkP9gDaXzV4OYi2RiLJhrLVSzixXfrsnRjjYpXFX7BQfYrYUMOLbAk2HXYiavzrWwuHfCXWy6MpSJarSZSC_SU1L5kvYlMEWMMaSGiMmXL5KJcvwosXUh0cmFg/s320/despertador.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5116305616093558114" border="0" /></a><span style="font-family:trebuchet ms;">O que pensamos quando nos levantamos todas as manhãs? O leitor já pensou bem na 1ª palavra que lhe vem à cabeça quando acorda de manhã? Ou na primeira coisa que vê? Ou no primeiro som que ouve?
É um exercício fácil, basta colocar um bloco de apontamentos e uma caneta ao pé da cama, e apontar logo que acorde (de preferência, mesmo antes de ir usar o WC, se der tempo).
Já agora, junte-lhe a recordação imediata que tem dos sonhos dessa noite. Só para compor o ramalhete.
Garantidamente, o resultado pode oscilar entre o mais perfeito <span style="font-style: italic;">non-sense</span>, e o mais completo retrato da realidade humana. Ou os dois ao mesmo tempo, quem sabe. Senão vejamos: A primeira coisa que ouço de manhã são os meus gatos a raspar a porta do quarto. Significa, em primeiro lugar, que fechei a porta, antes de me deitar. Em segundo lugar, quer dizer que os bichanos têm fome. Isto tudo, significa que tenho gatos, o que pode dizer muito sobre a minha personalidade, ou sobre o meu estilo de vida.
Se eu tiver um cão posso ouvi-lo ladrar, a pedir para ir à rua, e isso quer dizer que as minhas manhãs podem ser até muito refrescantes, porque começam sempre com um passeio ensonado em pijama, pela fresca, para levar o cãozinho a fazer as necessidades à rua, passando pelo apanhar das mesmas para um saco, pôr no lixo, e voltar para casa para lavar as mãos. Se eu fizer isto assim, até sou uma pessoa civilizada, se não, sou uma javarda sem responsabilidade social nenhuma (enfie a carapuça quem quiser...).
Se não tenho animais de estimação, ou tenho mas são dos que não batem à porta (pequenos roedores, peixinhos num aquário, répteis, insectos, um <span style="font-style: italic;">tamagoshi</span> ou até mesmo um animal embalsamado), a primeira coisa que se ouve de manhã pode ser qualquer coisa, e normalmente vem da rua ou da casa dos vizinhos - obras, carros, assobios, despertadores, rádios, coisas a cair (e a partir), pessoas a escarrar glamorosamente nos seus WC, bébés a chorar, autoclismos... uma parafernália de sons das mais variadas origens, que mais dizem sobre o tipo de casa e de localização em que vivemos, do que sobre nós próprios.
E, claro, destes sons depende a primeira coisa que nos vem à cabeça assim que abrimos os olhos para o mundo. E esta depende ainda de como temos o quarto em que dormimos. E do <span style="font-style: italic;">stress</span> em que andamos, e ainda do que fizemos antes de adormecer.
O quarto. Escuro como breu, desarrumado até ao tecto? O seu proprietário gostaria de ficar a dormir até ao meio dia, por isso, se acorda mais cedo, pensa "<span style="font-style: italic;">Bolas... já é de manhã...</span>", ou coisa pior. Janela aberta, luz do dia a entrar às 7h da matina (sem ter sido por esquecimento de a fechar)? Ah, aí então temos um madrugador, que pensa "<span style="font-style: italic;">ora vamos lá, mais um dia!</span>", ao mesmo tempo que se levanta da cama, com pulo ou sem ele. Mas aqui ainda temos uma variante: aqueles que programam o despertador para mais cedo do que é preciso, e gostam de deixar a luz entrar, para gozar aqueles 30 minutinhos de puro prazer que é o acordar lentamente para a vida. Sorna pura.
Depois, o nosso primeiro pensamento do dia passa pelos sons - se acordamos estremunhados com uma barulheira infernal vinda de fora (Comboio, businas, rectro-escavadoras, uma vizinha que canta mal, berros, um <span style="font-style: italic;">buzzer </span>insistente, música foleira, o <span style="font-style: italic;">Family Frost</span>, anúncios de touradas e circos, uma banda de música ou zés-pereiras), acordamos irritados e a pensar que temos que mudar de casa rapidamente; se a barulheira vem de dentro de casa, acordamos ainda mais irritados, e ainda por cima apreensivos com a causa do barulho - alguma coisa correu mal, e aí o salto da cama é peremptório, assim como toda a manhã pode ficar arruinada, dependendo do estrago produzido e da possibilidade de culpar alguém.
Mas o que ouvimos pode ser bom, suave e melodioso. O nosso despertador pode contribuir para isso, com a nossa música preferida, o nosso ente amado pode simplesmente sussurrar ao nosso ouvido coisas românticas, ou o nosso filho pode vir acordar-nos com um beijo. O ronronar de um gato com fome também serve. Latidos e lambidelas de cão, não obrigada, mas para quem gosta... <span style="font-style: italic;">Whatever</span>.
Se andamos <span style="font-style: italic;">stressados, </span>acordamos a pensar nos problemas, nas urgências, nas chatices. É aborrecidíssimo, estraga, pelo menos, a manhã, e faz rugas e cabelos brancos. Mas acontece amiúde a toda a gente, até mesmo nas crianças, de quem se diz que nunca tem problemas. Faz parte da nossa existência sermos nós próprios a martirizar-nos com coisas que não conseguimos resolver durante o tempo em que estivemos a dormir - é uma fatalidade, dormir umas horas, poucas ou muitas não interessa, e acordar a constatar que o problema continua teimosamente na mesma, não se resolveu, apesar de estarmos a acordar para um novo dia.
Nos meus tempos de estudante, a maior parte das vezes sonhava que estava a fazer os exames que tinha no dia a seguir, e acordava no alívio - durante 5 segundos - de já os ter feito. Depois era uma chatice ver que tinha que me levantar para </span><span style="font-family:trebuchet ms;">ainda</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> o</span><span style="font-family:trebuchet ms;">s ir fazer.
O que fizemos antes de adormecer? Adormecemos frente à TV, a ler ou na <span style="font-style: italic;">internet</span> (sim, há pessoas que levam os pc portáteis para a cama...), bebemos demais, fizemos amor, adormecemos ao lado de um filho com insónias? às vezes, os próprios sonhos dependem disso, mais ainda a maneira como acordamos. Por exemplo, se adormecemos no sofá em frente à TV, acordamos cheios de dores nas cruzes, e pensamos "<span style="font-style: italic;">gaita para isto!</span>"; Adormecer depois de fazer amor pode trazer um acordar cheio de mel (acordamos ao lado do nosso ente amado, e vivemos aquela sensação de profundo conforto do sentimento do amor, e pensamos "<span style="font-style: italic;">Amo-te</span>"), ou não, dependendo do contexto em que aconteceu (quem nunca ouviu contar aqueles casos do famoso "<span style="font-style: italic;">Credo!! Mas quem é esta(e)?!</span>" ). Adormecer a trabalhar, na <span style="font-style: italic;">internet</span> ou a ler pode ser penoso, porque normalmente acordamos em cima de qualquer objecto menos confortável, e temos a pele vincada e magoada, e isso pode doer. Adormecer a tentar adormecer uma criança, pode trazer um acordar muito ternurento, ou então também pode gerar um acordar súbito, se a criança acorda primeiro e calha de se assustar...
Os sonhos, esses, há muito quem os tente interpretar, mas eu não percebo nada disso. Raramente me lembro do que sonhei, e quando me lembro é mau sinal, porque foi um pesadelo, e acordei sobressaltada e a pensar em coisas terríveis. Detesto quando isso acontece.
Mas influem na nossa maneira de acordar, os sonhos. Para quem se recorda sempre deles, podem determinar um dia cheio de positividade, ou um dia péssimo. Se sonhamos com coisas boas, só podemos esperar que o nosso dia seja assim, na mesma medida; se sonhamos com coisas más, temos que passar o dia a evitar que aconteçam coisas dessas, que é especialmente possível que aconteçam, dada a nossa propensão para o negativo.
O <span style="font-style: italic;">Feng Shui </span>(China), é uma arte que estuda a análise da energia ou força viva que existe no universo, na natureza e nos objectos, e pode influir na nossa maneira de acordar de manhã. Um posicionamento correcto do quarto e seus objectos pode afastar o negativismo e fazer-nos acordar de manhã a pensar em coisas boas.
Para mim, os quartos deviam ser todos voltados para Nascente, para que se possa acordar com a luz do sol da manhã. Mas nem todas as casas permitem isto, já se sabe. E nem todas as pessoas se levantam a horas de ver o sol despontar de manhã - há quem se levante bem mais cedo, e há quem se levante bem mais tarde.
Acordar ainda de noite é aborrecido para o cidadão normal, mas uma necessidade profissional para muitos - quando se torna um hábito, calculo que não trará negativismo, não sei. Todas as vezes que tenho que me levantar ainda de noite, acordo com um mau feitio monumental, a pensar em esganar alguém, e por isso não faço isso muitas vezes.
Quem não gosta de levantar cedinho, com os primeiros raios de sol? Ok, muita gente não gosta, prefere ser acordado com a expressão "<span style="font-style: italic;">ACORDA; ANDA ALMOÇAR!!!!</span>". São gostos. Pelo menos assim, acorda-se a pensar em comida, até que nem é mau.
Seja como for, pelo menos para mim, a maneira como se acorda, o que se pensa, o que se ouve, influi em muito no que se faz, e como se faz, a seguir. Tal e qual como quando se começa uma nova vida - o que fizemos antes vai determinar o que vamos fazer depois. Mais, o perfil do indivíduo pode ser maioritariamente caracterizado de uma maneira, mas este pode experienciar, em diversas fases da sua vida, outras. Eu posso ser uma pessoa muito calma, e ter um acordar sempre bem-disposto, mas posso ter dias em que acordo com <span style="font-style: italic;">a telha. </span>Acontece, somos humanos, e complicados, por alguma razão<span style="font-style: italic;">.
</span></span><div style="text-align: center;"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-style: italic;"><span style="font-size:85%;">(c) Bluerussian</span></span></span>
</div></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-43062034676845389092007-09-25T10:11:00.000+01:002007-09-25T10:41:57.925+01:00A dor da Culpa<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg73TtRbpGP22aTDc9UGwqelZT-7T5o7u6OK0Tr3V_usmOM9OJuHWR28MzqWFU9ipYMH-6lcpZllzqEKby9csldT1BU8q5X4hgodgUQd7aYL6BAUkIUfKO1GiWe9n9u2MznI-_fWg/s1600-h/images.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg73TtRbpGP22aTDc9UGwqelZT-7T5o7u6OK0Tr3V_usmOM9OJuHWR28MzqWFU9ipYMH-6lcpZllzqEKby9csldT1BU8q5X4hgodgUQd7aYL6BAUkIUfKO1GiWe9n9u2MznI-_fWg/s400/images.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5114072396308395330" border="0" /></a> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Mentes perversas, consciente obscuro<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >escondem em si a mentira de fingir a dor;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
enganam o incauto com a docilidade de anjos,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
caindo na graça da solidariedade cega<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
daqueles que não observam o que não se vê.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
Lágrimas de água morta,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
de chuva ácida,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
que poluem a alma dos que querem ter fé;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
Palavras de falsa esperança,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
que impregnam o ser, dominam-no,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
e o fazem mover consoante a maré dos seus intentos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
Vis intentos...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
A expressão seca, de cera feita,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
da mãe que perde um filho por querer,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
querendo esconder de todos a dor da culpa,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
disfarçando-a de dor da perda.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
Dois mundos,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
o mundo vilão, ardiloso e sujo,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
de quem quer esconder e enganar,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
e o mundo crédulo, solidário e generoso,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
de quem crê na bondade das intenções.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
Pobre criança.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
Quisera o destino que tivesse uma vida diferente,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
uma família diferente,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
e ainda hoje sorriria frente a uma montra de brinquedos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >
</span><span style="font-size:100%;"><i><span style="line-height: 115%;">(c) Bluerussian<o:p></o:p></span></i></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; font-family: trebuchet ms;"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p style="font-family: trebuchet ms;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><o:p> </o:p></span></p> </div><div style="text-align: center;">
<span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-50258978675701718792007-06-28T18:32:00.000+01:002007-06-28T18:53:17.240+01:00Só<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjziRqV8AoqpnluRxzIrJix4yOe8U-Dm3LjYRQGp6shiHK5A7pADsMDPlEb5n5PTIWoRiQpewOn_vq8fZcgp6GCjCFPQm3n_Unt4dVsMUO-zJ43hqpWosXq9bNFi26pV3cnNhyphenhyphenadw/s1600-h/53125_wallpaper280.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5081169969100221266" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjziRqV8AoqpnluRxzIrJix4yOe8U-Dm3LjYRQGp6shiHK5A7pADsMDPlEb5n5PTIWoRiQpewOn_vq8fZcgp6GCjCFPQm3n_Unt4dVsMUO-zJ43hqpWosXq9bNFi26pV3cnNhyphenhyphenadw/s320/53125_wallpaper280.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:trebuchet ms;">Uma só lágrima, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">única e dura,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">corre pelo rosto sulcado, lamacento,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">da vida que foge por entre as mãos. </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Dias que se somem, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">no nevoeiro denso do tempo,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">escoando por entre as vagas do degredo,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">trazem a solidão, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">por entre as gentes que se acotovelam em desvario. </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">O esquecimento de quem existe, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">o certo, e o errado, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">o desamor,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">o azar e a sorte,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">torcem e dobram a existência de cada um, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">deixando de olhar nos olhos das pessoas,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">e de antever os seus anseios e mágoas. </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">A incúria,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">ou a vã glória de ser, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">apagam o existir pleno,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">extinguem a bondade da alma.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Já não vemos nos outros um semelhante, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Já não tentamos antever o seu sofrimento, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">nem sequer o tentamos ajudar,</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">antes viramos as costas antes que nos peça: </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">"Ajuda-me!"</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Bastava olhar-lhe nos olhos. </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Bastava sentir-lhe o peso dos ombros, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">e da alma, </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">bastava querer. </span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><em>(c) Bluerussian</em></span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span>
</div><div align="center"></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-81575904700689929292007-06-24T16:43:00.000+01:002007-06-24T17:01:03.702+01:00O vento que passa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMvPjFgUpWLZ8gFzTdMGIxIRpykGWyj0zYp9sssN6u-IU4m24_CjBfBRURc-7amUUNh6MVlX4-JucoavBpDVCR1VRmr9udC1aRS-LZXSiDBmhMcrkTyoYbT-J_Kz61zJZlKIT9xA/s1600-h/tornado.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5079661182952462082" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMvPjFgUpWLZ8gFzTdMGIxIRpykGWyj0zYp9sssN6u-IU4m24_CjBfBRURc-7amUUNh6MVlX4-JucoavBpDVCR1VRmr9udC1aRS-LZXSiDBmhMcrkTyoYbT-J_Kz61zJZlKIT9xA/s320/tornado.jpg" border="0" /></a>
<p align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></p>
<p align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Ventos de nortada</span> </p><p align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">varrem o sentido do espírito,</span></p>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">corroem a dura camada de bondade, </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">instalando o caos da descrença. </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">Sociedade fútil, injusta,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">carcereira de sonhos e vontades,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">pessoas cinzentas e perdidas,</span> </div><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">crianças ingratas, </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">que magoam deliberadamente </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">aquilo que deveriam curar. </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">Perdido, o espírito vagueia,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">por entre a pedra íngreme,</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">fria, e dura, </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">rasgando a sua ténue existência</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">nas escarpas da Humanidade. </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">Perde-se. Afunda-se.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">Deixa de existir.</span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">Morre. </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">Não renascerá, porque é uma Fénix cansada </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;">que desistiu de ser quem era. </span></div>
<div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><em></em></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><em>(c) Bluerussian</em></span></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-23955181256176464112007-06-05T01:22:00.000+01:002007-06-05T01:52:22.547+01:00Myra # 6 Jornais e maçãs<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">O que há de especial na mudança de uma vida é a incerteza do futuro. Por muito que se programem as coisas, qualquer grão de areia pode mudar o curso do destino, ou simplesmente travá-lo. De qualquer modo, a vida traz cenários que impoem a mudança, e muitas vezes essa mudança é uma fuga. Ou não. </span>
<span style="font-family:Trebuchet MS;"></span>
<span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify">
- Myra? – A voz de Ann era sumida, mole. </span>
<span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="justify">
- Diz, Annie. – Myra falava num tom sonolento, também. Eram 10 horas da manhã, e Myra tinha-se levantado cedo, para continuar a sua busca nos classificados do jornal. Ann acordara, levantara-se da cama e viera até à sala, encontrando Myra praticamente a dormir em cima da mesa e das folhas de jornal espalhadas.
</div><div align="justify">
- Tão cedo? Isso é que é vontade.... Eu sou incapaz de ler as letras de um jornal antes das 11 h da manhã, e de um café bem forte.
</div><div align="justify">
- Deixa, que eu estou aqui perdida de sono, Ann. Mas não tenho outro remédio, tenho que me despachar a procurar, e encontrar emprego, senão a coisa corre mal. Tenho que me pôr aí na rua a calcorrear portas. </div><div align="justify">
- Não pensaste a sério na proposta do Frank, pois não? – Ann sentou-se à mesa, em frente a Myra, roendo uma maçã.
</div><div align="justify">
- Não é que não tenha pensado – disse Myra - mas, de facto, não me pareceu que ele estivesse a falar a sério.
</div><div align="justify">
- E porque não estaria? Se ele te disse para lhe mandares o teu currículo, é porque há essa possibilidade, My. </div><div align="justify">
- Não sei... Bem, tu lá sabes. Mas pareceu-me mais que ele estava só a tentar agradar-te. – Myra esboçava um sorrisinho maroto, ainda que sonolento, e piscara o olho a Ann.
</div><div align="justify">
- MYRA!!! – disse Ann, com a boca cheia de maçã.
</div><div align="justify">
- Ah, pois é... amiga, o homem esteve a fazer-se a ti o tempo todo. Afinal, confessa-te lá à tua amiga: - e tomou um tom exageradamente coloquial – o que se passa realmente entre vocês, indivíduos de sexo oposto, livres, desimpedidos e disponíveis?
</div><div align="justify">
- Nadíssima!!!!! – Ann abanava a cabeça, em sinal negativo - Absolutamente nada, minha cara My. <em>Rien de tout. Niet. Nein</em>. Deixa-te disso. É como diz o outro: Vai à volta, que por aí não passas....
</div><div align="justify">
- Pois, pois. Porque não admites?
</div><div align="justify">
- Porque não tenho nada para admitir. Não inventes. E mais: o Frank tem este tipo de atitude com toda a gente.
</div><div align="justify">
- Calculo... especialmente moças giras e cheias de bom gosto. ... ihihihihih
</div><div align="justify">
- Mas não só, minha cara. Lá no trabalho, toda a gente o acha um convencido, um atiradiço.
</div><div align="justify">
- E tu não, claro....
</div><div align="justify">
- Nem por isso. Quando o conheci, confesso q era a imagem que ele passava, mas com o passar do tempo, e não foi preciso muito, acho só que ele tem uma auto-estiima acima da média. Aliás, ele tem motivos para isso, não achas?
</div><div align="justify">
- Ééééééé.... tu acha-lo um giraço cheio de pinta, certo? E bem sucedido, e inteligente, e até posso imaginar que achas que por baixo da casca de garanhão, está um homem carinhoso, e sensível . – Ann voltou a abanar a cabeça, em sinal de desagrado. Achava desnecessária a ironia de Myra – Não te chateies, Annie. Os homens têm destas coisas – às vezes enganam: porque não poderá ser este um caso de sensibilidade encapuçada de soberba? Estou a falar a sério. Mas diz-me lá: o rapaz está mesmo sozinho no mundo ou quê?
</div><div align="justify">
- Vãs ironias, amiga. Com o tempo vais perceber o mesmo que eu em relação ao Frank. Tu vais ver.
</div><div align="justify">
- Pronto, pronto. Hei-de ver, sim senhora. Mas como é? Temos solteirão militante, ou trata-se de um sofredor crónico, rejeitado pelas mulheres? Predador ou presa?
</div><div align="justify">
- Caramba, da maneira como poes as coisas, parece q estamos a falar de um animal selvagem....
</div><div align="justify">
- Bem, dependendo do ponto de vista, se fosse até não deixava de ser abonatório em favor dele..... uiuiui!
</div><div align="justify">
- Tarada....
</div><div align="justify">
- É a vida... e a abstinência prolongada, também....
</div><div align="justify">
- Ora, abstinência... tu, linda e maravilhosa, desempoeirada e inteligente... puseste o cinto de castidade porque quiseste!!!
</div><div align="justify">
- São opções, amiga.
</div><div align="justify">
- Não contesto. Aí, tu é que sabes. Mas não desististe dos homens de vez, pois não?
</div><div align="justify">
- Não. Só estou a fazer um intervalo. Mudar de vida também significa fazer um <em>reset</em> nesse âmbito. Quero tudo novo. <em>Restart</em>.
</div><div align="justify">
- Ok. E porque não dar uma abébiazita aqui ao nosso amigo Frank? Faz o teu género, que eu sei.
</div><div align="justify">
- Ehehehehhehehe... e o teu também..... não inventes. Ambas sabemos que o moço, a ser solteiro, não vai ficar assim muito tempo. Não a olhar para ti daquela maneira, nem com essa tua disponibilidade para lhe enlevar as qualidades. ..
</div><div align="justify">
- MYRA!!!! Continuas a delirar. Mais: Para tua informação, o jantar de ontem foi por tua causa, e eu já te disse isto...
</div><div align="justify">
- Ora, ora, por minha causa... boa desculpa!!! - Myra ria-se.
</div><div align="justify">
- Espera um segundo – e levantou-se – só por seres maldosa, vou mostrar-te a mensagem que ele me mandou depois de sair daqui, ontem à noite – e saiu, em direcção ao quarto, para ir buscar o telemóvel.
</div><div align="justify">
- Ai – Myra ironizava – aposto que é uma mensagem a dizer que se apaixonou perdidamente por mim, e que hoje, impreterivelmente, ia pedir-me em casamento!!!!!!!!!
- Não gozes... – Ann respondia-lhe do quarto.
</div><div align="justify">
- É, e hoje, aparece aí antes de almoço, estaciona o seu cavalo branco lá em baixo no poste da paragem do autocarro, e lá vem ele por aí acima, botas até ao joelho, collants e calções de balão, colete e boina à principe, com pena e tudo, pedir a minha mão em casamento, ehehehheeh!!!! – Myra ria com vontade.
</div><div align="justify">
- Myra, - Ann voltara, com o telemóvel na mão – agora era bem feito que fosse isso mesmo. Só para calar essa tua ironia... Ora vê lá isto e diz-me lá se o assunto é comigo!!!!!! – e estende o telemóvel a Myra, que leu o que estava no ecrã:
</div><div align="justify">
“Olá. Excelente jantar. Especialmente a companhia. Gostei muito da tua amiga – é mesmo solteira? Diz-me que sim. Era realmente uma pena se não fosse. Liga-me hoje para tomarmos, TODOS, um cafézinho..... BJ” </div><div align="justify">
- Não posso... – Myra abria a boca de espanto.
</div><div align="justify">
- Ai pois é, amiga. Calas-te, agora?
</div><div align="justify">
- Mas... ele não me ligou nenhuma o jantar todo!
</div><div align="justify">
- Parece-te. Se o conhecesses, tinhas percebido que o rapaz tinha estado a observar-te o tempo todo...
</div><div align="justify">
- Tchééééé, o malandro!!!
</div><div align="justify">
- Eheheheheh, pois.
</div><div align="justify">
- Bem. Eu também o achei giro, e simpático e isso tudo. Mas q faz um parzinho tão lindo contigo, lá isso faz!!! – e piscou o olho a Ann.
</div><div align="justify">
- Não, Myra, não vás por aí. Acredites ou não, não ia dar certo, com ele.
</div><div align="justify">
- Hummmm.... engano-me, ou isso já esteve para ser e não foi?
</div><div align="justify">
- Não. Nada disso. Simplesmente não há <em>click</em> entre nós.... não se passa nada.
</div><div align="justify">
- <em>Click</em>?
</div><div align="justify">
- Sim, Myra. Aquela coisa que nos faz imaginar uma pessoa na nossa vida assim de uma maneira mais ... interventiva. Aquilo q faz arrepiar e dá tremeliques. O Frank é giro, inteligente, um pão, mas... não há <em>click</em>. Gosto dele como um amigo. Só isso.
</div><div align="justify">
- Pena. Era capaz de te fazer bem.
</div><div align="justify">
- Eu também estou no meu break, Myra. Foi muito tempo.
</div><div align="justify">
- Eu sei. E... – e foi interrompida pelo telefone de Ann.
</div><div align="justify">
- Sim?- Ann atendera logo – Ah, Olá, bom dia! Estávamos a falar de ti .– Myra percebera que Ann falava com Frank, e arregalara-lhe os olhos – não, não temos nada combinado. Tens alguma sugestão? – e Ann piscava o olho a Myra – acho esse óptimo! A que horas? - Myra franzia o sobrolho – muito bem. Então até logo! Beijo, outro da Myra! – e desligou – Myra, vai vestir-te. Vamos almoçar fora.
</div><div align="justify">
- Frank, certo?
</div><div align="justify">
- Certíssimo. Desejoso de te ver de novo. Aposta aí na produção, que o homem está com saudades.
</div><div align="justify">
- Quem é que está a ser irónica agora????
</div><div align="justify">
- Prova do teu próprio veneno, prova! E vai mas é vestir-te, que eu também estou a ir.
</div><div align="justify">
- Mas... onde, e quando?
</div><div align="justify">
- Um restaurante óptimo, e agora. O Frank vem buscar as damas.
</div><div align="justify">
- E vamos de cavalo branco, é? Cabemos os três?
</div><div align="justify">
- Myra.... não comeces....
</div><div align="justify">
- Ah, ok, claro, ele traz o coche.... que parva que eu sou, valha-me Deus... – e Ann atirou-lhe uma almofada, já ela corria para o quarto.
</span>
</span></div><div align="justify">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"></span>
<span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><em>Bluerussian</em></span>
</div></span>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-4301567586005630662007-06-05T00:40:00.000+01:002007-06-05T01:37:37.470+01:00A ânsia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDmAHtwZEfpLz_qgxl3DDs3jcb5tJ9uN5OEm1fIdiQOe5C_mmD5w3FCHygGpyhJC7RToXTzE-wMOyKyo8RR6q6UWfDVRm0at3IekBfalvfvL3o60B_OPsOJdF2SR76bAsqtfxP9Q/s1600-h/wallpaper04.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5072365094373480018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDmAHtwZEfpLz_qgxl3DDs3jcb5tJ9uN5OEm1fIdiQOe5C_mmD5w3FCHygGpyhJC7RToXTzE-wMOyKyo8RR6q6UWfDVRm0at3IekBfalvfvL3o60B_OPsOJdF2SR76bAsqtfxP9Q/s320/wallpaper04.jpg" border="0" /></a>
<div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Alma grande, mundo vasto,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">ignorância sedenta de saber mais,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Vício discreto, droga líquida, pura,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">que afoga a mágoa do que não supera </span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">o fracasso de ser mortal. </span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Ah!, se a alma soubesse, </span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">se o mundo parasse também, </span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">se a sede se calasse... </span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">A lágrima de dor que corre,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">o suspiro que rasga o peito,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">cessariam face ao entendimento,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">claro, objectivo, evidente,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">pelo qual se deduz que o mundo não é tudo,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">nem é nada, sequer,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">comparado com a magnificiência,</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">a plenitude, a graça e a beleza</span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">do Universo. </span></p>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Vida, alma, morte, saber,</span></p>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">tudo resulta, a seu tempo certo,</span></p>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">na existência do ser frágil humano,</span></p>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">que busca, mesmo sem saber, </span></p>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">mas sabendo - o seu próprio, e inelutável, fim. </span></p>
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></p>
<p align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Bluerussian, Junho 2007</span></em></p>
<p align="center"></p>
<p>
</p>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-59978378405416466582007-05-15T13:01:00.000+01:002007-06-05T01:21:39.487+01:00Para Ti<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd2yf15t7HdmkLOEmLepW2DBJ8Q3XUGDaEkl0FUo0zdtv2Iwfu33WXMEaOthTfSQh5ER-eYoC-xj5MBl9Axx1uHj_ArS92XmXL5ecjbAXnB8cg_8r7GkZGrLaqsO_8l3mIiKtilw/s1600-h/STBEB-101-020-2.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5064772079688717954" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: pointer; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd2yf15t7HdmkLOEmLepW2DBJ8Q3XUGDaEkl0FUo0zdtv2Iwfu33WXMEaOthTfSQh5ER-eYoC-xj5MBl9Axx1uHj_ArS92XmXL5ecjbAXnB8cg_8r7GkZGrLaqsO_8l3mIiKtilw/s400/STBEB-101-020-2.gif" border="0" /></a>
<div style="TEXT-ALIGN: center"><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Doce olhar azul pequenino,</span>
</div><span style="font-family:trebuchet ms;">
</span></div><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Alvura calma de uma pureza bela,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">surges no mundo e o mundo se curva
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">perante a luz terna que trazes contigo.
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">A Paz que emana de ti,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">vida em botão a despontar,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">traz a esperança de um futuro,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">a alegria da manhã de sol,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">fresca e luminosa,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">perfumada de mil flores,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">que inunda os sentidos daqueles que te amam.
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Agarras a vida em cada segundo,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">aprendes, observas, e sorris,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">e o mundo é tão grande,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">tão vasto,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">que se torna o teu tapete de brincar.
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Vive, sorri sempre,
</span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Porque o mundo existe para ti.</span> </div><div style="TEXT-ALIGN: center"> </div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em><span style="font-size:85%;">Bluerussian</span></em></span></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;"><span style="FONT-STYLE: italic">(Dedicado à minha afilhada - parabéns pela Luz que recebeste, Sofia)</span></span><span style="font-size:85%;">
</div></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="center">
</div></span>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-84047252930013333392007-05-15T11:49:00.000+01:002007-05-15T11:51:32.029+01:00Não estava esquecido<span style="font-family: trebuchet ms;">Bem, realmente, está mal deixar a criação abandonada. Não a esqueci, só o tempo tem sido pouco, e a inspiração tem que ser usada para outros items. Mas, de facto, há que regressar à linha, e continuar aquilo que se começou.
Doravante, o regresso.
</span>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-1161864398972104292006-10-26T12:49:00.000+01:002007-06-05T01:20:17.141+01:00Água pesada<div align="center"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7741/2323/1600/images.0.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7741/2323/320/images.jpg" border="0" /></a>
<span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Água pesada da chuva que cai </em></span></div><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>peso leve de véu molhado e triste</em></span> </div><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>nuvem negra que tarde se faz alva </em></span></div><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>lágrima que corre pelo rosto</em></span> </div><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>olhar enevoado de neblina rude</em></span> </div><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>alma cerrada de raio e tempestade </em></span></div><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>esperança no horizonte</em></span> </div><div align="center">
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>aguarda a bonança que se esconde. </em></span></div><div align="center"> </div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Bluerussian</span></em></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-1155560102560844132006-09-05T17:00:00.000+01:002007-06-05T01:19:30.317+01:00Myra # 5. Frank<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Passaram-se uns dias, durante os quais Myra estivera a arrumar as suas coisas em casa de Ann. De facto, sem a (ex) cara metade de Ann, a casa era definitivamente maior. Só agora Myra havia reparado que ele enchera a casa de tralha, enquanto lá esteve...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Com os seus pertences devidamente organizados, muita conversa posta em dia, e uma vontade doida de sair em busca do seu futuro, Myra comprara vários jornais, para poder procurar emprego. Depois de ler as notícias de alguns deles, espalhara os cadernos de classificados em cima da mes</span><span style="font-family:Trebuchet MS;">a da sala, e começou a seleccionar os mais interessantes e os menos interessantes, com marcadores diferentes. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Era um final de tarde morno, e Myra sentia-se sonolenta, especialmente depois do lanche que improvisara há não mais que meia hora; ouviu a porta, era Ann, chegada do trabalho. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Olá, My. Ena, já estás aí em força a procurar emprego!! que tal? Muita coisa?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Boas, Annie. Mais ou menos. Nada de extraordinariamente interessante, mas muita coisa para desenrascar. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- E logo tu, que já fizeste um pouco de tudo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Bem, não exageremos. Fiz o que foi preciso, quando foi preciso!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Pois foi, sim senhor. Olha, temos visitas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ai temos?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">- Iapp.</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> Um</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> amigo meu. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Um "amigo" teu??? - Myra dissera isto com um toque de ironia - e quem é o teu "amigo"?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Frank. E não comeces. Conheci-o há uns tempos num dos jantares lá do edifício onde trabalho, e ficámos amigos. Um tipo interessante. Pode parecer um bocadito presunçoso, mas é boa pessoa. Damo-nos muito bem. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ai sim?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Sim, My. Mas não faz o meu tipo de homem, se é isso que estás a pensar. Assim que o conheceres vais perceber porquê. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Está bem, está bem. Já percebi. Se se passasse alguma coisa já me tinhas dito. Sei disso. Estou só a meter-me contigo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Sempre a mesma, My...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Myra riu-se, encolhendo os ombros. Realmente, sempre tivera o vício de juntar casais. Era muito casamenteira, e tinha previsto alguns dos romances dos seus colegas e amigos. Verdade seja dita, também tinha previsto algumas rupturas desses casais... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- A que horas temos cá o teu amigo? - perguntou Myra a Ann quase gritando, uma vez que esta que estava na outra ponta da casa a arrumar as compras que trazia consigo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Deve estar aí a chegar. - respondeu Ann, no mesmo tom. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- E vem para jantar?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Vem. Mas não te preocupes, que já estou a tratar disso. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ok, deixa-me só aqui acabar uma página que já te vou ajudar. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Paasados uns minutos, Myra foi ter com Ann à cozinha. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Olha lá, tenho que ir vestir alguma coisa mais formal para jantar, ou o teu amigo Frank é um tipo porreiro e não se põe a olhar de canto??</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Estás muito bem, My. Não te preocupes. Eu é que tenho que ir mudar de roupa num instante.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Uuuiiiii... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Myra, só vou vestir uman camisola lavada!!!! Estou a encher-me de nódoas a fazer isto, e não tem piada nenhuma receber visitas com este ar javardo!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ok, ok.... então e o que vamos ter para o jantarinho, cara <em>chef</em>? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Coisa rápida. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ena, vamos mandar vir pizzas!!!!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Não, Myra - disse Ann, rindo - Um carilzinho<em> </em>de gambas. <em>Indian style</em>. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Boaaaa!! - Myra parou de repente - Espera lá... mas desde quando isso é uma coisa rápida de se fazer??? </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Desde que eu tenho tudo pronto, é só juntar as gambas, quase. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Estou enganada, ou tu já tinhas isto planeado????...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- MYRA!!! - Ann parou, de faca em riste, olhando ironicamente para Myra - Claro que estás enganada. Aliás, muito enganada. Insinuas que tenho algum interesse no Frank, mas de facto convidei-o mais por tua causa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Nãoooo!!! Ouve lá, a casamenteira aqui sou eu. Não há lugar para duas nesta casa! - disse Myra, rindo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Eh, eh, eh. Não é isso. Tu chegaste aqui agora, precisas de amigos. Eu empresto-te os meus! </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ah, Annie, o que seria de mim sem ti - Myra dissera isto num tom irónico - Então quando o Frank chegar, podemos ir jogar às escondidas lá para baixo para o jardim?? Ó deixa, vá lá!!!!!!!!!!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Ann ria com vontade da expressão de Myra, que tinha tomado a postura de uma criança pequena a pedir algo à mãe. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Está bem, My. Mas depois comes a sopa toda. - Disse, sorrindo maternal e ironicamente. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ena!!!!! - E Myra desatou a correr aos pulos pela sala, como se não tivesse mais que seis anos, catarolando. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Tocou a campaínha, em dois toques seguidos e curtos. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- My, atende aí, deve ser o Frank. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Sim, Ann, eu abro a porta ao nosso príncipe e seu corcel alado - disse, ironizando.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ai, espero que ele não traga o corcel alado - Ann alinhara na ironia - não sei se há comida que chegue!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Myra parou de correr, endireitou a roupa, sacudiu o cabelo (reparou que Ann tinha passado a correr pela sala, provavelmente para ir trocar de camisola) e chegou-se ao interfone.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Siiim???</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>Ann?</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Não. - disse Myra, sustendo um risinho. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>Aaaaa.... mas é da casa da Ann, certo?</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- É capaz de ser.... espere aí que eu vou ver - Myra decidira realmente gracejar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>Mas...</em> - ouvia-se do outro lado do interfone; era uma voz firme, forte, que caía bem no ouvido. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- </span><span style="font-family:trebuchet ms;">É sim senhor, que eu já fui ver. E quem quer saber?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>Frank. A Ann está, por favor?</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Olá Frank!!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>Olá...</em> - pela voz, o interlocutor do interfone estava intrigado com aquela conversa. Não era para menos...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- A Ann está, mas foi lá dentro mudar de camisola, vem já. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>Pois... eu tinha combinado com ela para jantar...</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- E suponho que queira entrar, não é? - só depois Myra reparou que o tinha tratado por você...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- <em>É, realmente, é isso</em>. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Então está bem. Suba. - e Myra carregou no botão que abria a porta do prédio, por um lado achando piada à conversa que acabara de ter com o amigo de Ann, por outro lado pensando se não tinha abusado... afinal ela não conhecia Frank, e não tinha meio de saber se ele seria pessoa para achar graça àquelas coisas, que no fundo eram tão infantis. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Enquanto Frank subia, Myra gritou para Ann, que ainda estava no quarto a vestir-se:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">-ANN!!! O teu amigo tá quase aqui à porta! Então??</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Recebe-o, que eu já vou. - Ann parecia responder do fundo de um poço...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Está bem. Olha, ele não morde, pois não??</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Não, só quando o irritam ou quando está com fome!!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Ambas diziam isto e riam como cranças pequenas. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Tocou novamente a campaínha, desta feita a da porta de casa, e Myra espreitou pelo olho mágico da porta. A imagem era distorcida, mas Frank parecia ter muito bom aspecto. "Ui, tão giro! Ann, tu e o teu excelente gosto para homens....", dissera baixinho. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Abriu a porta. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Frank era um rapaz alto, trinta e poucos anos, moreno; possuía uma figura elegante, mas era muito bem constituído (havia por ali indícios de frequência de ginásio, foi a ideia que ocorreu a Myra, <em>ma non troppo</em>); Vestia informal e confortavelmente, mas denotava-se o bom gosto a kilómetros: qualidade, apresentação e classe, devia ser a sua máxima. Era o tipo de homem que esbanjava charme, na mesma medida, quer vestisse um fato Armani, quer calças de ganga e camisa por fora, como era o caso. Impreterivelmente, Myra fez de relance uma pequena tentativa de vistoria às meias do convidado. <em>"Bem, brancas não são"</em>, pensou, divertida (peúgas brancas, Pé-de-gesso, meínha de ir à missa....era coisa que abominava nos homens!...). </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Ele exalava um perfume que Myra conhecia e gostava muito (Myra tinha por hábito analisar os homens também pelo seu tipo de perfume...), e estava impecavelmente barbeado ("<em>acabadíssimo de sair do banho"</em>, pensou Myra); tinha umas mãos bonitas, grandes, e não usava adornos, apenas um relógio simples, discreto. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">O rosto de Frank era bonito, prendia a atenção: boca carnuda, olhos grandes, castanhos, pestanudos, pele bem tratada. Tinha um ar simpático, mas ao mesmo tempo altivo. "Interessante," pensou Myra, "muito interessante, sim senhor". </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Com licença - Disse Frank, olhando com uma certa desconfiança para Myra - Tu deves ser a Myra, certo?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Certo, Frank. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ah, Já sabes o meu nome e tudo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- É, eu sou muito inteligente... E a Ann é realmente muito cuscivilheira. - disse Myra, num sorriso largo. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Muito prazer - e Frank abriu um sorriso que Myra achou lindo, perfeito, e cumprimentou-a com dois beijos nas faces. Myra achou-o forte e carinhoso ao mesmo tempo, pela maneira como a puxou para a cumprimentar - Então e a Ann??</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Estou aqui, Frank. - Ann surgira nesse momento na sala. Ainda não acabei o jantarito, por isso faz o favor de te sentares e fazeres companhia aqui à minha amiga Myra. Acho que se dispensam apresentações, não é?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Já passamos a fase dos nomes e do beijo na cara, se queres saber - disse Frank, sorrindo. Myra corou um bocadinho, e conduziu Frank até aos sofás e ligou a TV. .</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Senta-te, Frank, está à vontade. Bebes alguma coisa? - disse Myra, diligentemente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Não, obrigada, eu espero pelo jantar. Estou para ver que coisa esquisita é que a Ann vai cozinhar hoje.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ahh! Pois, já conheces os cozinhados exóticos aqui da nossa amiga... - na realidade, Ann pouco sabia de cozinha convencional... - tens que abrir um restaurante, Ann. Ganhavas uma pipa de massa. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Só quando quiseres ser a minha <em>maître,</em> My. Quanto ao jantar de hoje, Frank, é como de costume: depois vês. Bem, meus queridos, com licença, que tenho as panelas à minha espera.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">- Ok, <em>chef</em> Annie, não te preocupes q eu trato bem da nossa visita. - Disse Myra, rindo, com uma pronuncia exageradamente francesa.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;">Ann riu-se, disse um sonoro <em>"Oh, Voilá!!!!"</em> e desapareceu para dentro da cozinha.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;"><em>Bluerussian</em></span></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-1156931987276930632006-08-30T10:27:00.000+01:002006-08-30T11:03:20.580+01:00Fresh red roses<div align="justify"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Coisas que acontecem. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">De facto, há coisas na vida que surgem do nada, instalam-se, mudam tudo o que existe e ficam. Provavelmente para sempre. E felizmente para nós. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Num dia, estando nós a gozar a nossa existência, mais serenamente ou não, mais feliz ou menos, somos surpreendidos pelo próprio destino, que nos põe à frente, assim de repente, um mar de hipóteses, novas e absolutamente irresistíveis; o que temos diante dos olhos é a possibilidade de mudar tudo aquilo em que acreditávamos até aí, e seguir um novo trajecto. Estranho, assustador, desconhecido, mas absolutamente irresistitível. Sem olhar para trás,</span><span style="font-family:trebuchet ms;"> sem </span><span style="font-family:trebuchet ms;">reservas e sem medo, entramos nessa àgua morna do destino, e submergimo-nos </span></em><em><span style="font-family:trebuchet ms;">sem sequer notar que a àgua que nos inunda os pulmões é o nosso novo oxigénio. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Sem medo. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Sem dúvida.</span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Entregamo-nos às mãos do destino como uma criança se entrega às mãos dos pais. Porque sabemos com toda a certeza que é exactamente isso que estava reservado para nós. Sabemos que é aí que reside a nossa felicidade. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Por muito que tenhamos questionado a nossa própria sorte, deparamo-nos com a mais límpida e absoluta certeza de que o que queremos é exactamente aquilo que temos diante dos olhos. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">E porque não agarrar o destino? Seria um profundo erro deixá-lo fugir, inutilizando-o. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Só teríamos a perder com isso. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Tempo? </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Relativo. Não se colocam prazos à felicidade. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Mais ou menos tempo, a alma e o ser ditam os momentos certos. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Não os relógios, nem os calendários. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Agora sei isso, M. </span></em></div><div align="justify"></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-1155915228946293162006-08-18T16:31:00.000+01:002006-08-18T16:33:48.956+01:00"O mendigo Sexta-feira jogando no mundial"<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>"(...) O que me inveja não são esses jovens, esses fintabolistas, todos cheios de vigor. O que eu invejo, doutor, é quando o jogador cai no chão e se enrola e rebola a exibir bem alto as suas queixas. A dor dele faz parar o mundo. Um mundo cheio de dores verdadeiras pára perante a dor falsa de um futebolista. As minhas mágoas que são tantas e tão verdadeiras e nenhum árbitro manda parar a vida para me antender, reboladinho que estou por dentro, rasteirado que fui pelos outros. Se a vida fosse um relvado, quantos penalties eu já tinha marcado contra o destino? (...)</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em></em></span> </div><span style="font-family:trebuchet ms;"><em></em></span>
<span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Mia Couto<em>, in</em> "O fio das Missangas"</strong></span>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-1155550690259662772006-08-14T10:57:00.000+01:002007-06-05T01:18:28.433+01:00Aquela Palavra<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Há palavras vãs. Há palavras sem sentido, ditas à pressa e sem olhar a quem. Há palavras das quais temos medo, e outras que nos irritam. Mas também há palavras que nos fazem pairar no limbo do sonho, quer quando as dizemos, quer quando as ouvimos. </em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>São palavras, e podem valer mais que os actos. Ou não, talvez às vezes não. </em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><em>Dizer aquilo que vai na alma pode ser tão acutilante e tão definitivo como qualquer acto. Uma promessa, uma jura, um pedido, a expressão de um sentimento, podem gerar todo um mar de emoções, que podem determinar a felicidade, ou a falta dela, a quem as ouve. </em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">"Palavras leva-as o vento". Não, algumas, não leva. Algumas, ficam gravadas na alma a ferro e fogo, e marcam toda uma existência a partir do preciso momento em que são proferidas e ouvidas. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Muitas vezes, têm a particularidade de marcar duas vidas em simultâneo. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Como Aquela Palavra. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">Aquela, ontem. Tu sabes. </span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-30712208.post-1155180477949550992006-08-10T04:02:00.000+01:002007-06-05T01:18:12.850+01:00Razão perdida<div align="center"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7741/2323/1600/Rainbow%20%20HondsbosscheZeewering56155.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7741/2323/320/Rainbow%20%20HondsbosscheZeewering56155.jpg" border="0" /></a>
<em><span style="font-family:trebuchet ms;">Noite que se faz dia, maré de lua,</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">dia que amanhece para anoitecer;</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Luz de seda, madrepérola, </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">voz de veludo, </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">força bruta que arrebata a razão. </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Anel de fogo que incendeia a alma</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">furacão que alimenta a minha sede de ti.</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Pele que chama. </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Olhar que se fecha. </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Sangue que grita... </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Num turbilhão de brisas, </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">a ansia de um simples gesto.</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Áurea de brilho intenso, </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center">
<em><span style="font-family:trebuchet ms;">procura o colo macio da paixão, </span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;">tentando calar o clamor que cresce no peito.</span></em> </div><div align="center"> </div><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:85%;">Bluerussian</span></em></div>Sofia Melohttp://www.blogger.com/profile/00570744960564618568noreply@blogger.com0